Autoridades de direita no Acre participaram, neste domingo (7), do ato Reaja Brasil, realizado na Gameleira, em Rio Branco. A manifestação contou com pouco mais de 500 pessoas e teve como principais bandeiras a defesa da democracia, da liberdade de expressão e do ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar.
Mesmo sem uma mensagem direta de Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro enviou um áudio aos militantes, no qual criticou o governo e declarou apoio ao marido, a quem chamou de “meu galego dos olhos azuis”.
Bocalom fala em “caminho para o comunismo”
Durante o evento, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), afirmou que o Brasil ainda não alcançou sua verdadeira independência e estaria “indo para o caminho do comunismo”.
Ele denunciou o que classificou como perseguição religiosa, citando o pastor Silas Malafaia como exemplo. “Tomaram o caderno onde ele prepara os cultos e até agora não devolveram. Nossos pastores estão sendo monitorados. Será que queremos aceitar que nossos celulares estejam sendo vigiados o tempo todo? Eu não quero, eu quero a minha liberdade”, declarou.
O prefeito comparou o cenário atual ao período de 1964 e disse que “agora é o povo que está reagindo, não os militares”. Ele também mencionou supostos abusos contra presos dos atos de 8 de janeiro, como confinamento em ginásios, revistas vexatórias e mortes em unidades prisionais.
João Marcos Luz critica tornozeleira eletrônica
O secretário de Assistência Social, João Marcos Luz, também discursou e criticou a tornozeleira eletrônica imposta ao ex-presidente Bolsonaro.

Foto: Sérgio Vale
“No pé de um homem sério, trabalhador, honesto, que é o presidente Bolsonaro. Por isso nós queremos e exigimos que o Congresso Nacional vote a anistia, que o deputado Hugo Motta coloque a proposta em pauta, para que a maioria decida se o presidente merece ou não a anistia”, afirmou.
Bittar defende anistia ampla
O senador Márcio Bittar (PL) defendeu a anistia tanto para Bolsonaro quanto para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. “Eu acredito na anistia. Nós temos votos na Câmara para aprovar a anistia”, declarou.

Foto: Sérgio Vale
João Paulo Bittar: “ato é em defesa do Brasil”
O presidente municipal do PL, João Paulo Bittar, destacou que a mobilização não foi apenas em favor de Bolsonaro.
“Queria só fazer uma correção: isso aqui não é um ato exclusivamente em prol do Bolsonaro. É um ato em prol do Brasil. Entendemos de forma muito clara que o maior representante desse movimento é o Bolsonaro. É a favor da anistia, contra os exageros que estão ocorrendo no Judiciário e em defesa de mais democracia e de mais sanidade para o debate”, disse.
Joabe Lira pede anistia e defende candidatura de Bolsonaro
O presidente da Câmara Municipal de Rio Branco, vereador Joabe Lira (UB), declarou apoio à anistia de Bolsonaro e dos manifestantes presos.
“Esse é um evento importante que está acontecendo em todo o Brasil. Temos visto perseguição política e agora também perseguição religiosa. Estamos aqui para dizer que não aceitamos isso e vamos continuar lutando para que a democracia vença e que Bolsonaro possa ser candidato a presidente em 2026”, afirmou.
Ao ser questionado sobre a candidatura do ex-presidente, Lira respondeu: “Defendo. Defendo anistia para o Bolsonaro e para todos aqueles que praticaram aquele ato de vandalismo em Brasília. É importante falar, foi um ato de vandalismo, mas todos merecem ser anistiados”.
Ulysses Araújo critica governo e alerta para eleições
O deputado federal Ulysses Araújo (PL) fez duras críticas ao atual governo, que chamou de “maldito”, e pediu atenção da população para as eleições do próximo ano.
“Hoje, o símbolo do 7 de setembro é uma nova independência. Nós lutamos pela liberdade, pela verdadeira democracia e, principalmente, pela liberdade de expressão. Esse governo tenta impor modelos que não queremos, como o da Venezuela, com sua crise econômica, e o da China, onde não existe liberdade de expressão”, disse.

Foto: Sérgio Vale
Ele ainda alertou sobre a importância do voto consciente:
“Pense muito bem em quem você vai escolher para representá-lo no ano que vem. Quando você escolhe um representante, está entregando a ele decisões de vida e morte. É no Congresso que se define se o aposentado vai receber o salário ou será prejudicado por corrupção. Tudo passa por lá. Então, cuidado. Não se iludam. Não podemos eleger pessoas mentirosas, covardes, que enganam a população”, declarou.
Fotos: Sérgio Vale










