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Lula compara seu julgamento com o de Bolsonaro: “não fiquei chorando, fui à luta”

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia em Brasília 30/06/2025 REUTERS/Adriano Machado

No dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou o julgamento do chamado “núcleo crucial” da suposta trama golpista de 2022, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, nesta terça-feira (2), o direito à presunção de inocência de Jair Bolsonaro (PL) e dos demais réus.


Em entrevista coletiva após participar do velório do jornalista Mino Carta, em São Paulo, Lula disse que não deseja tratamento desigual a ninguém, mesmo a adversários políticos.


“O que eu espero é isso, é que seja feita a justiça, respeitando o direito da presunção de inocência de quem está sendo julgado. É só isso que eu desejo, eu desejo para mim e para qualquer inimigo meu, apenas o direito à presunção de inocência para que o Brasil fique sabendo da verdade e apenas a verdade”, declarou.


O presidente também comparou a situação de Bolsonaro à sua própria experiência judicial, quando foi condenado na Lava Jato. “Ele pode se defender como eu não pude me defender e eu não reclamei, eu não fiquei chorando, eu fui à luta. Se é inocente, prove que é inocente, prove que não tem nada a ver com isso, está de bom tamanho”, afirmou.


O julgamento em andamento

A Primeira Turma do STF, presidida pelo ministro Cristiano Zanin, abriu nesta terça-feira a análise da denúncia contra o chamado “núcleo crucial” da suposta trama golpista, apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como responsável por articular medidas para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após a eleição de 2022.


O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, apresentou um relatório de quase duas horas, resumindo as investigações conduzidas pela Polícia Federal e as alegações finais do processo. O julgamento terá sessões extraordinárias até 12 de setembro.


Quem são os réus

Além de Bolsonaro, respondem na ação:
• Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor-geral da Abin;
• Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
• Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF;
• Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;
• Mauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
• Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
 Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, candidato a vice-presidente em 2022.


Os oito réus são acusados de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. No caso de Ramagem, parte das acusações foi suspensa por decisão da Câmara dos Deputados.


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