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Jovem mantida em cárcere privado pelo padrasto durante 22 anos em Curitiba

Policiais entraram na casa onde a jovem era mantida em cárcere privado para prender o suspeito (Foto: Reprodução/Balanço Geral)

Após ser mantida em cárcere privado durante 22 anos pelo próprio padrasto, que a abusava sexualmente, uma jovem de 29 anos conseguiu ser liberta. Ela e os três filhos, frutos de estupros por parte do agressor, foram resgatados da casa na última terça-feira (16) em Araucária, Região Metropolitana de Curitiba.


De acordo com a apuração do Balanço Geral, a garota começou a ser abusada pelo padrasto aos 7 anos de idade, mesma época que foi retirada da casa da mãe pelo homem. A princípio, a genitora da vítima era frequentemente ameaçada, por isso, nunca denunciou o agressor.


Aos 16 anos, a jovem, que já estava em cárcere privado, engravidou do padrasto. Por isso, foi obrigada a casar com ele. Desde então, ela vivia como esposa dele, ao invés de enteada. Ao todo, eles tiveram três filhos juntos, dois meninos e uma menina.


Mesmo que tivesse acesso à internet e à televisão, a vítima era vigiada 24 horas por dia pelo agressor. O celular da jovem era monitorado, e todas as mensagens que ela enviava e recebia estavam disponíveis no aparelho dele.


Jovem mantida em cárcere privado pediu ajuda à filha do agressor

Na última semana, a mulher teve a oportunidade de ir ao shopping com a filha do agressor. Na ocasião, ela contou tudo o que acontecia e foi aconselhada a procurar a polícia.


Por isso, na terça-feira, a vítima deu a desculpa de que levaria os filhos em um posto de saúde e foi até a delegacia prestar a denúncia. Enquanto a enteada estava fora, o padrasto enviou diversos áudios e mensagens, a ameaçando.


“Traga meu filho aqui para casa, fala comigo. Você sabe que a única coisa que eu tenho nessa vida é você. Volta para casa, se não você vai ter problemas sérios comigo. Onde é que você está? Atende esse telefone! Me responda!”, enviou.


Alguns minutos depois, as mensagens mudaram de tom. Ao invés de ameaças, o agressor começou a implorar que a vítima voltasse para casa e se declarou.


“Amor, se eu falei alguma coisa ou eu xinguei você, me perdoe, vida. Eu não vou fazer mais nada de errado para te prejudicar em alguma coisa, vida… Mas venha para casa”, implorou.


Por fim, o agressor foi preso e levado ao delegacia. Ao prestar depoimento ao delegado, o suspeito aparentou um comportamento frio e negou os crimes. Ele deve ser indiciado por estupro de vulnerável, cárcere privado, perseguição e dano emocional à vítima.


 


 


 


 


 


 


 


 


 


Fonte: Ric.com.br


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