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Jorge e Gladson trocam farpas em evento com ministro do Trabalho no Acre

Foto: David Medeiros/ac24horas

A abertura da primeira etapa da II Conferência Nacional do Trabalho, realizada nesta terça-feira, 16, em Rio Branco, foi marcada não apenas pelas discussões sobre emprego e desenvolvimento, mas também pelas visões divergentes entre o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, e o governador Gladson Cameli, acerca do momento e do futuro do Estado do Acre.
Durante a entrevista, Jorge Viana destacou avanços nas exportações e comparou o momento atual com o passado recente. Para o ex-governador, o Acre já viveu uma fase mais próspera, principalmente na geração de empregos.


Em sua fala, Jorge Viana destacou o papel da ApexBrasil no estímulo às exportações, que segundo ele já ultrapassam a marca de 70 milhões de dólares em 2025 e devem superar os 100 milhões de dólares até o fim do ano. O petista fez questão de ressaltar que o aumento das exportações significa mais empregos e melhores salários.


Foto: David Medeiros/ac24horas

“Com o presidente Lula, o Brasil voltou a crescer. Quando o Brasil exporta mais, gera mais emprego e uma empresa que exporta paga melhor seus colaboradores. No caso do Acre, eu saí do governo exportando 20 milhões de dólares e, antes do governo Lula, já exportávamos 40 milhões. No ano passado foram 87 milhões e este ano já passamos de 70 milhões e vamos passar de 100 milhões de dólares”, afirmou.


Apesar do otimismo em relação ao cenário nacional, Viana fez um balanço crítico da situação acreana. “Eu sinceramente sinto falta, como acreano, do Acre viver novamente uma fase de muita prosperidade, mas acredito nela. Nosso estado já viveu um tempo glorioso em relação ao emprego e hoje a gente tem saudade desse tempo, de um tempo que a gente já viveu. Infelizmente, 40 mil pessoas foram embora do Acre nos últimos anos em busca de uma vida melhor. Antes era o contrário: vinham para cá porque o Acre estava dando certo vivendo um período de prosperidade”, disse.


O ex-governador reforçou a necessidade de investimentos estruturantes e criticou a forma como os recursos federais têm sido aplicados. “É muita emenda PIX, muito dinheiro de orçamento secreto em outdoor, mas não vemos as coisas acontecendo como deveriam ter acontecido. Não estou aqui para acusar ninguém, mas se a gente não entender o problema, não vai encontrar a solução. O Acre no Congresso Nacional não tem peso nenhum. Por exemplo, 90% da população ganha menos de 5 mil e cadê a bancada do Acre nessa luta pela isenção do IR”, destacou.


Viana também relacionou a atual realidade ao aumento da violência e à insegurança da população. “Essa coisa da violência que estamos vivendo no Acre é terrível. Isso dá intranquilidade, afasta pessoas. Mas eu acredito que, com união, podemos recolocar o estado no caminho certo. Se o Acre dá certo, é bom para todo mundo”, completou.


Foto: David Medeiros/ac24horas

Minutos depois, ao chegar à conferência, o governador Gladson Cameli (Progressistas) foi questionado sobre as declarações do ex-governador. “Eu acho que ele tem que viver mais o Acre. Andar mais nas avenidas, ver as obras de infraestrutura que estamos fazendo aqui no Estado, as unidades habitacionais, a nova maternidade. Nós estamos fortalecendo as fronteiras, precisamos tornar nossos aeroportos internacionais para atrair mais investimentos. A infraestrutura está pronta”, disse.


Cameli ressaltou que sua gestão tem gerado empregos e promovido melhorias estruturais. “Nos últimos cinco anos, só na iniciativa privada foram quase 50 mil novas vagas de emprego. O governo do Estado contratou mais de 4.500 servidores em concursos públicos”, afirmou.


Foto: David Medeiros/ac24horas

O governador também fez questão de defender seu legado. “Qual foi o governador que pavimentou mais estradas estaduais? Foi o governador Gladson Cameli. Qual foi o governador que melhorou toda a infraestrutura do nosso Estado? Foi o governo Gladson Cameli. Esses são fatos”, pontuou.


Em tom de crítica direta a Jorge Viana, Cameli disparou: “Ele tem que parar de viajar e vir para o Estado realmente ver o que fizemos. Enquanto eu recebo o presidente da República de braços abertos, vem esse cidadão querer diminuir o trabalho dos outros. Lamento para ele. Ele está abaixo de mim”, concluiu.



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