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‘Jamais cometi as infrações de que sou acusado’, diz Bruno Henrique, do Flamengo

REUTERS/Sergio Moraes

O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, está sendo julgado na sede do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Centro do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, por supostamente ter forçado um cartão amarelo e beneficiado apostadores em 2023, em um jogo contra o Santos, no Mané Garrincha, pelo Brasileirão. O jogador participou do julgamento por meio de videoconferência e fez um pronunciamento breve, no qual afirmou ser inocente das acusações.


“Gostaria de reafirmar minha inocência, dizer que confio na Justiça Desportiva, jamais cometi as infrações de que sou acusado. Faço questão de mostrar respeito e minha total confiança nesse tribunal. Que tudo transcorra de forma leve e justa”, afirmou o atleta.


O julgamento

O julgamento do caso de Bruno Henrique começou por volta das 10h na sede do STJD, no Rio. Além de Bruno Henrique, a Procuradoria denunciou mais quatro atletas amadores: o irmão do jogador do Flamengo, Wander Nunes Pinto Junior, além de Claudinei Vitor Mosquete Bassan, Andryl Sales Nascimento dos Reis e Douglas Ribeiro Pina Barcelos (todos amigos de Wander).


Também estão envolvidas Ludymilla Araújo Lima, esposa de Wander, e Poliana Ester Nunes Cardoso, prima de Bruno Henrique, mas ambas estão fora da mira do STJD. O jogador e o irmão, Wander, também respondem criminalmente pelos crimes, e o caso será julgado pela 7ª Vara Criminal de Brasília, que avaliará se há provas para condenação por fraude em evento esportivo.


Procuradoria e defesa travaram uma batalha em torno do argumento de suspensão e interrupção da prescrição, relativo ao fato de o STJD ter aberto o inquérito em maio, mas as provas da Polícia Federal terem surgido apenas em junho. O Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) fala em interrupção, argumento utilizado pela defesa para sustentar a prescrição, pois o prazo teria passado dos 60 dias e chegado a mais de 80.


Um auditor e o presidente da sessão concordaram. Já os três auditores que formaram maioria na discussão se embasaram na suspensão, dizendo que a apresentação de provas teria recomeçado o prazo em junho, o que resultaria em 58 dias.


Na retomada do julgamento, Michel Assef Filho, advogado do Flamengo que atua na defesa de Bruno Henrique, afirmou que a estratégia de provocar terceiro cartão amarelo é uma prática recorrente entre jogadores e clubes no futebol brasileiro, e que não configuraria prioritariamente uma tentativa de benefício a apostadores.


Antes, o STJD usou prova em vídeo na qual Douglas Barcelos admite que sabia com antecedência do cartão que Bruno Henrique tomaria. Ele prestou depoimento admitindo o fato após ter feito acordo com o Ministério Público do Distrito Federal. Na sequência, foram interrogadas duas testemunhas: Daniel Cola, delegado da Polícia Federal responsável pela investigação, e Pedro Lacaz, representante da casa de apostas KTO.


O advogado Vitorino protestou pelo não atendimento do requerimento do Flamengo para contar com a presença do árbitro Rodrigo Rafael Klein, que conduziu o jogo no qual Bruno Henrique recebeu os cartões, para prestar depoimento. A Procuradoria, porém, indeferiu essa solicitação.


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