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Dólar recua a R$ 5,30 após Trump anunciar encontro com Lula na próxima semana

Notas de 100 dólares 27/01/2025 REUTERS/Luisa González

O dólar à vista opera em forte queda frente ao real nesta terça-feira (23), após presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que terá um encontro com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na próxima semana. O mercado reagiu positivamente à notícia, interpretando-a como um sinal de possível aproximação diplomática entre Brasil e Estados Unidos, que enfrentam tensões comerciais.


Trump contou que chegou a se encontrar rapidamente com Lula antes do início da sessão em Nova York e fez elogios ao petista. “Eu gosto dele e ele gosta do Brasil. Ele me pareceu um homem muito agradável”, afirmou o republicano, ao confirmar a reunião.


Qual a cotação do dólar hoje?

Às 12h05, o dólar à vista tinha leve alta de 0,85%, a R$ 5,293 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento DOLc1 tinha queda de 0,80%, a R$ 5,302.


Dólar comercial

  • Compra: R$ 5,293
  • Venda: R$ 5,293

O que aconteceu com dólar hoje?

Após passar a maior parte da manhã próximo à estabilidade, a moeda americana passou a operar em forte queda frente ao real, após o anúncio de um encontro entre Lula e Trump na próxima semana.


A sinalização de diálogo ocorre em meio à pior crise diplomática recente entre os dois países. Na véspera, a Casa Branca anunciou novas sanções contra autoridades brasileiras ligadas ao Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo a aplicação da Lei Magnitsky à esposa do ministro Alexandre de Moraes, Viviane Barci de Moraes, e ao Instituto Lex, vinculado à família do magistrado.


Em seu discurso de abertura da Assembleia, Lula criticou medidas unilaterais e ataques à soberania brasileira, num recado direto ao governo americano. Para o petista, “não há justificativa para agressões contra nossas instituições e nossa economia”.


Ainda não há informações sobre a data e a pauta da reunião bilateral, mas a aposta é de que a conversa possa girar em torno do tarifaço de 50% sobre exportações brasileiras, das sanções contra ministros do STF e de possíveis pontos de cooperação, como clima e comércio.


Se confirmado, será o primeiro encontro bilateral formal entre Trump e Lula desde a volta do republicano à Casa Branca em janeiro deste ano.


Mais cedo a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) mostrou que o Banco Central, após avaliar os efeitos acumulados do choque de juros, entrou agora em um “novo estágio” da política monetária que prevê taxa Selic inalterada por longo período para buscar a meta de inflação.


“Agora, na medida em que o cenário tem se delineado conforme esperado, o Comitê inicia um novo estágio em que opta por manter a taxa inalterada e seguir avaliando se, mantido o nível corrente por período bastante prolongado, tal estratégia será suficiente para a convergência da inflação à meta”, destacou a ata.


Para Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, o BC assumiu “com mais clareza” que o ciclo de elevações da Selic está encerrado.


“É claro que ele deixa uma abertura dizendo que se precisar aumentar, ele vai. Mas o registro de modo geral mudou. Agora é um registro de um Copom que vai esperar para ver o que a firme elevação da taxa de juros vai trazer para a economia brasileira”, disse Gala.


No mercado de câmbio, a avaliação é de que a Selic a 15%, juntamente com mais cortes de juros pelo Federal Reserve, torna o diferencial de juros do Brasil ainda mais atrativo para os investidores internacionais, o que mais recentemente permitiu que o dólar se aproximasse dos R$5,30.


Durante entrevista nesta manhã ao ICL Notícias, Haddad ponderou, no entanto, que os juros no Brasil não deveriam estar em 15% e que há espaço para cortes. O ministro pontuou ainda que o Brasil não tem dificuldade de colocar seus produtos em outros mercados diante da vigência da tarifa implementada pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.


arrecadação do governo federal teve queda real de 1,50% em agosto sobre o mesmo mês do ano anterior, somando R$ 208,791 bilhões, na primeira retração registrada neste ano.


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