Ícone do site Ecos da Noticia

Dólar hoje fecha estável, a R$ 5,41, em dia de agenda vazia e com julgamento no radar

Imagem: Pixabay

Após oscilar em margens bastante estreitas durante a sessão, o dólar fechou a segunda-feira praticamente estável ante o real, com investidores à espera de eventos do restante da semana, como o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal e a divulgação do IPCA de agosto.


Apesar do recuo do dólar no exterior, a moeda norte-americana pouco variou no Brasil.


Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista fechou em alta de 0,07%, aos R$5,4179, após três sessões consecutivas de perdas. No ano a divisa acumula baixa de 12,32%.


Às 17h03 na B3 o dólar para outubro — atualmente o mais líquido no Brasil — subia 0,05%, aos R$5,4475.


Dólar comercial

Dólar turismo

O que aconteceu com dólar hoje?

Após abrir em leve baixa, o dólar opera em alta nesta sessão, pressionado pela expectativa da retomada do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro amanhã e pelo possível início de afrouxamento monetário nos EUA, após o fraco relatório de payroll divulgado na semana passada.


Nesta segunda, os investidores globais voltaram as atenções para o Japão, onde o primeiro-ministro Shigeru Ishiba renunciou ao cargo, dando início a um período potencialmente longo de incerteza política para a quarta maior economia do mundo.


Após acertar os detalhes finais de um acordo comercial com os EUA para reduzir as tarifas sobre os produtos japoneses, Ishiba, 68 anos, disse em uma coletiva de imprensa que precisa assumir a responsabilidade por uma série de derrotas eleitorais.


Neste cenário, o iene era uma das poucas moedas que cediam ante o dólar no exterior, mas em movimento insuficiente para evitar a queda do DXY (índice do dólar), umas das principais referências para o câmbio no Brasil. Às 10h27, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas fortes — caía 0,36%, a 97,521.


Internamente, o relatório Focus do Banco Central mostrou poucas mudanças nas projeções dos economistas do mercado para o câmbio no fim de 2025 e 2026. A mediana projetada para o dólar no encerramento deste ano foi de R$5,56 para R$5,55 — cerca de R$0,14 acima do patamar atual. Para o fim do próximo ano a mediana passou de R$5,62 para 5,60.


Em relatório desta segunda-feira, as estrategistas Ioana Zamfir e Sofia Palacios, do Morgan Stanley, afirmaram que “uma quebra do BRL abaixo de 5,40 é possível, assumindo uma fraqueza sustentada do USD e considerando o carry muito atrativo da moeda, mas o ímpeto deve desacelerar significativamente”.


“O ruído nas manchetes tende a aumentar até o final do ano, devido aos processos legais contra o ex-presidente Bolsonaro e os debates sobre o orçamento do ano eleitoral”, acrescentaram. “Preferimos permanecer neutros e manter nossa exposição no mercado de juros.”


O Banco Central fará nesta sessão um leilão de até 40.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de outubro de 2025.


Sair da versão mobile