Caso Luana: ex é condenado a mais de 50 anos de prisão por assassinar mulher com 18 facadas no AC

José Rodrigues de Oliveira, de 54 anos, que respondeu pelo assassinato de Luana Conceição do Rosário, de 45 anos, foi condenado a 52 anos e seis meses de prisão por feminicídio. A Vara Criminal de Senador Guiomard ainda decidiu que ele deve pagar R$ 50 mil em indenização à família da vítima.


“O réu demonstrou extrema frieza, planejamento na execução do crime numa emboscada contra a vítima”, ressalta a sentença assinada pelo juiz Romário Divino Faria.


O réu foi representado pela Defensoria Pública, que não costuma se manifestar sobre os casos.


Luana foi morta com 18 facadas. Após o crime, ele ainda ligou para o filho do casal, uma criança de 11 anos com transtorno do espectro autista.


“Réu trouxe danos emocionais à família da vítima, principalmente para o filho menor do casal, criança de 11 anos de idade, autista, e logo após matar a vitima, o ligou para dizendo que matou a mãe dele, potencializando traumas emocionais na criança e na família da vítima”, afirma o documento.


O júri concluiu que nem mesmo uma medida protetiva que a mulher possuía a impediu de ser assassinada por motivo torpe, por meio cruel e dificultando a defesa da vítima.


Os jurados também consideraram que José planejou o crime com frieza.


Relembre o caso

Luana foi morta a facadas em 13 de junho deste ano. Testemunhas afirmam à policia que ela tinha saído de casa para comprar pão quando o suspeito a atacou e fugiu em seguida.


À época, a policia confirmou que José enviou áudios ao filho de 11 anos dizendo que matou a mulher. Em seguida, José pediu perdão a criança e disse que a vítima “aprontou demais” com ele.


O homem fugiu após o crime, mas foi capturado ainda no dia do crime. No dia seguinte, ele teve a prisão preventiva decretada. A Polícia Civil concluiu o inquérito em julho.


Câmeras de segurança de um açougue registraram o momento que o suspeito desceu da moto, jogo o capacete no chão e a atacou. Após isto, ele fugiu em cima do veículo.


Ela atravessou a rua com a mão na região da lombar e caiu ao lado de um caminhão que estava estacionado.


Perseguição

 


Na época do indiciamento, o delegado responsável pelo caso, Rômulo Carvalho, contou que após a análise das imagens de câmeras próximas à casa da vítima, foi constatado que o suspeito havia rondado a residência, horas antes do crime.


“Por volta das 5h20, ele já estava de moto passando próximo para concretizar o fato. Quando ela saiu para comprar pão, ele percebeu e foi acompanhando na moto. Ele desceu do veículo e saiu correndo para atacá-la”, pontuou.


Omissão

 


Uma das testemunhas foi o entregador e o motorista do caminhão em que Luana caiu próximo, já sem vida, eles viram o crime, mas o homem que estava do lado de fora, apenas se afastou da vítima quando ela veio em direção e caiu, ambos foram indiciados por omissão de socorro.


“Naquele momento, o autor do crime ainda estava por ali, então, era arriscado fazer qualquer coisa. Mas, a partir do momento que ele foge do local, as duas testemunhas simplesmente ligam o caminhão, saem e a deixam lá”, destacou o delegado.


O caso gerou discussões sobre o papel da sociedade em cenários de violência contra a mulher, especialmente em crimes cometidos em locais públicos, como no caso do assassinato de Luana.


g1 conversou com especialistas que explicam quais ocasiões podem ser consideradas omissão de socorro. Confira.


Fonte: G1 Acre


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