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Brasil bate recorde de transplantes no 1º semestre, mas fila chega a 80 mil pessoas

Equipe médica realiza cirurgia em hospital (Crédito: Sasin Tipchai/Pixabay)

Apenas no 1° semestre deste ano, o Brasil realizou 14.904 transplantes. Esse é o maior número da série histórica e representa um crescimento de 21% em relação a 2022 – ano em que as cirurgias voltaram a subir após uma queda expressiva causada pela pandemia -, de acordo com dados apresentados pelo Ministério da Saúde na quinta-feira (25).


Por outro lado, 80 mil pessoas continuam aguardando por um transplante e 45% das famílias ainda recusa doar os órgãos do parente falecido. No Brasil, a decisão cabe à família. Por isso, o Ministério ressalta a importância de informar aos familiares o desejo de ser um doador.


De acordo com José Medina Pestana, superintendente do Hospital do Rim – centro de referência mundial em estudos e pesquisas sobre transplante renal -, em São Paulo, a principal razão de recusa das famílias é porque a pessoa nunca avisou à família a vontade de ser um doador. Diante disso, a pasta lançou um campanha incentivando a doação de órgãos, com foco justamente na importância de todos informarem a sua família sobre a decisão de doar órgãos.


O evento de lançamento da campanha também marcou a assinatura da portaria que cria a Política Nacional de Doação e Transplantes (PNDT). É a primeira vez que a política foi descrita em portaria específica, desde a criação do sistema em 1997.


A política regulamenta os transplantes de intestino delgado e multivisceral, agora incluídos no SUS; incorpora o uso rotineiro da membrana amniótica, tecido obtido da placenta após o parto, para pacientes queimados, em especial crianças; estabelece a realização da prova cruzada virtual, exame feito remotamente para avaliar a compatibilidade imunológica entre doador e receptor. cria critérios específicos de priorização para pacientes hipersensibilizados e institui o teste de quimerismo para transplantes de medula óssea.


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