Manifestantes se reuniram na tarde deste domingo, 21, no Lago do Amor, em Rio Branco, em um ato contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem e o projeto que prevê anistia a condenados pelos atos de 8 de janeiro. O protesto, de caráter pacífico, começou por volta das 17h e foi convocado por movimentos de esquerda nas redes sociais, ocorrendo também em outras cidades do país.
O evento na capital acreana contou com a presença da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Acre (ADufac), seção sindical do Andes-Sindicato Nacional, além de movimentos estudantis, sociais e sindicais. O ato teve início com manifestações culturais.
A representante da CUT no Acre, Suzy Cristiny, destacou que a mobilização é nacional e criticou os parlamentares acreanos que apoiaram a proposta:
“É um dia importante porque todas as capitais estão mobilizadas contra a PEC da Blindagem, que já chamamos de PEC da Bandidagem. Lamentamos que sete deputados federais do Acre tenham votado a favor dessa PEC. Queremos pressionar o Senado a rejeitá-la e reforçar que não pode haver anistia para quem já foi condenado pelo STF.”
O presidente do PT no Acre, vereador André Kamai, também se posicionou contra a medida: “Não podemos aceitar que o Congresso tente criar um grupo de pessoas imunes à lei. Isso acontece justamente quando o país descobre esquemas de emendas secretas e no momento em que os mandantes da tentativa de golpe estão sendo condenados. É fundamental manter a soberania, a democracia e o papel das instituições de justiça. A prioridade do Congresso deveria ser votar a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, garantir energia elétrica e gás gratuito para os mais pobres e pautas que melhorem a vida do povo brasileiro.”
Em comum, as manifestações pelo país pedem que a PEC da Blindagem não siga a tramitação no Senado Federal. O texto, aprovado na Câmara dos Deputados na última semana, busca proteger parlamentares contra a abertura de processos penais no Supremo Tribunal Federal (STF). Os manifestantes também se posicionaram contra o avanço do projeto que prevê perdoar os condenados envolvidos no ato golpista de 8 de janeiro de 2023.
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