Até dezembro, Acre pode iniciar exportação para o Chile, diz CEO da Dom Porquito e Acreaves

FOTO: SÉRGIO VALE

Durante a abertura do Exporta Mais Amazônia 2025 – Acre, realizado nesta segunda-feira, 29, no Centro de Convenções da Ufac, em Rio Branco, o presidente e CEO da Dom Porquito e da Acreaves, Paulo Santoyo, ressaltou a importância do evento para a abertura de mercados e fortalecimento da produção local.


“Para mim é um evento muito importante para a Amazônia, para o Acre especialmente, apesar de congregar os esforços para o Norte, para a Amazônia, hoje o beneficiado é o Acre nesse projeto da ApexBrasil, comandado pelo Jorge Viana. Na realidade, o Jorge Viana se transformou no embaixador dos produtos do Brasil para abrir canais de exportação pelo mundo. Esse é o trabalho que a Apex vem fazendo e vem criando canais para a proteína animal, então nem se fala”, afirmou Santoyo.


Segundo ele, a atuação da ApexBrasil tem garantido segurança e estabilidade para a carne brasileira no mercado internacional. “Aves, suínos e bovinos, a amplitude que a Apex deu através do Jorge Viana para o mundo mudou o cenário brasileiro, tanto é que mesmo com essa relação dos Estados Unidos com algum pequeno problema ainda que está sendo costurado, a carne brasileira, a proteína brasileira não sentiu impacto. Por quê? Porque essa distribuição de mais mercados para essa carne ser comercializada foi trabalhada com antecipação e acabou atingindo esse mercado”, explicou.


Santoyo reforçou que o Exporta Mais não beneficia apenas grandes frigoríficos, mas também incentiva médios e pequenos produtores. “Tira o medo desse médio e pequeno de poder exportar, tira aquele bicho-papão da exportação, ou seja, abre uma oportunidade para que ele possa avançar no mercado de exportação com os produtos de qualidade do Acre”, destacou.


O executivo destacou que a meta para este ano é expandir as exportações para destinos estratégicos. “O Acre não tem acesso ainda ao mercado chileno e nem ao mercado chinês. Nenhum frigorífico do Acre exporta para o Chile e nem para a China. E o trabalho que vem sendo feito agora pela Apex, pelo Ministério da Agricultura, nos próximos meses a gente espera que até dezembro o Acre já esteja exportando para o Chile. Ou seja, nós estamos falando de um volume de exportação muito maior do que esses 50 milhões. Tem compradores chilenos aqui já para visitar as plantas. Hoje eles vão no FigroNosso, amanhã eles vão na Dom Porquito. E temos compradores chineses aqui já para entender o que o Acre produz”, detalhou.


Para Santoyo, a presença dos compradores internacionais é decisiva. “Muitas vezes não é você querer exportar, é o comprador querer comprar. Então, o que a Apex faz com esse trabalho? Traz o comprador, ele vê a qualidade do produto, vê a qualidade das indústrias, se interessa, vai lá no país dele e fala, olha, eu quero comprar do Acre, eu quero comprar daqueles frigoríficos. E aí cria demanda, é assim que funciona. Então é muito bacana e não seria possível trazer esses compradores se não tivesse um evento desse e se a Apex não oportunizasse a vinda dessas pessoas para cá”, pontuou.


O CEO também comentou sobre a parceria firmada em 2024 com o Banco da Amazônia, que liberou mais de R$ 80 milhões para ampliar a cadeia produtiva de suínos e aves. “Na verdade, nos surpreendeu. A gente achou que ia ser mais lento, que ia ser mais burocrático, e pelo contrário. Já tem granja sendo construída, em fase de terminação, para poder alojar daqui a 30 dias. Temos 52 projetos em andamento de suíno e 12 de frango, porque os de frango são muito grandes os projetos. A expectativa é chegar em 100 unidades de suíno e 22 unidades de frango, e eu entendo que com essas unidades prontas para esta etapa, a gente já não vai mais trazer suíno de fora. Vamos imaginar que até o final do ano que vem, essas unidades estejam todas prontas. Eu imagino que para esta etapa onde a Dom Porquito está, não traremos mais suínos de fora. O problema é que toda vez que a gente vence a etapa, a gente aumenta e dobra a meta”, salientou.


Santoyo destacou ainda o impacto para os pequenos produtores. “O Banco da Amazônia já sinalizou que o que tiver de projeto vai financiar para os pequenos produtores. Então, é mais uma mudança significativa no Alto Acre que 100% são de pequenos produtores de agricultura familiar. Se não fosse esse aporte do Banco da Amazônia, com o apoio do governo federal, do Jorge Viana, trabalhando nesse caminho que foi traçado pelo Banco da Amazônia, não seria possível trazer esse pequeno produtor para o negócio, mass houve a possibilidade, está acontecendo. O pequeno produtor está sendo beneficiado, vai mudar aquela região. Eu não tenho dúvida, vai mudar aquela região. É muita gente produzindo, é muita gente fazendo”, reforçou.


O empresário também agradeceu a participação do governo do Acre na expansão da cadeia produtiva. “Existe a colaboração integrada do governo do estado do Acre também, através da ANAC, através da Secretaria de Indústria e Comércio. A própria Seagri, a Secretaria de Agricultura, vem ajudando nas terraplanagens, na organização do acesso a essas unidades produtoras. Na verdade, a gente percebe que o Acre como um todo está imbuído para fazer com que essas cadeias de produção tenham sucesso e continuem cada vez mais crescendo. Eu não tenho dúvida que vai ser um sucesso”, finalizou.


 


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