O Brasil tem o maior sistema público de transplante de órgãos e ocupa a terceira posição em número absoluto de procedimentos. No entanto, quase metade das famílias (45%) ainda recusa a doação dos órgãos de um parente após seu falecimento.
No país, a doação de órgãos só ocorre após a constatação de morte cerebral e mediante consentimento da família. De acordo com José Medina Pestana, superintendente do Hospital do Rim, em São Paulo, a principal razão de recusa das famílias é porque a pessoa nunca falou sobre a vontade de ser um doador.
Para reverter esse cenário, o Ministério da Saúde lançou nesta quinta-feira a campanha “Você diz sim, o Brasil inteiro agradece”, que reforça a importância de todos informarem a sua família sobre a decisão de doar órgãos.
Atualmente, 80 mil pessoas aguardam por um transplante no país.
O evento de lançamento da campanha de doação de órgãos de 2025 do Ministério da Saúde, realizado no Hospital do Rim em São Paulo, também marcou a assinatura da portaria que cria a Política Nacional de Doação e Transplantes (PNDT). É a primeira vez que a política foi descrita em portaria específica, desde a criação do sistema em 1997.