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Vendedor de espetinho paga menos por taxa a facção e é morto, diz polícia

Alexandre Roger foi assassinado por criminosos do CV no Ceará, segundo a polícia Imagem: Reprodução

Um vendedor de espetinho foi morto, segundo a polícia, por não pagar o valor do reajuste exigido pela facção criminosa Comando Vermelho, referente a dinheiro extorquido do comerciante para garantir o ponto de venda em Itapajé, no interior do Ceará.


O que aconteceu


Alexandre Roger, 23, foi morto a tiros no último domingo (17). O comerciante mantinha um ponto de venda de espetinho em frente à sua própria casa e foi assassinado no momento em que estava trabalhando. As informações são da Polícia Civil do Ceará.


Comerciante foi morto por não pagar o valor do reajuste exigido pelo tráfico da região, segundo a polícia. Desde que abriu o negócio, neste ano, a vítima pagava uma taxa mensal de R$ 400 ao Comando Vermelho, mas o valor foi reajustado para R$ 1.000.


Alexandre não conseguiu arcar com o novo preço cobrado pelo tráfico e manteve o pagamento de R$ 400. Dois dias depois de enviar a mesma quantia dos meses anteriores para manter o ponto, ele foi assassinado por “descumprimento de ordem” dos traficantes, de acordo com a polícia.


Polícia prendeu o principal suspeito do crime na sexta-feira (22). Lucas Mateus Moreira dos Santos, 19, foi identificado por testemunhas e também pelas imagens das câmeras de segurança da região.


No dia do crime, Lucas foi até o comércio de Alexandre e disse que tinha uma ligação para ele. Quando o comerciante pegou o telefone e virou de costas, foi atingido por dois tiros. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.


Lucas é apontado pela investigação como executor de crimes a mando do Comando Vermelho. A facção tem assustado comerciantes de Itapajé e região com a cobranças de taxas abusivas. O chefe do tráfico na região é identificado como Misael Negreiro Pinto, o “Bel”. Ele é considerado foragido da Justiça.


Justiça do Ceará converteu a prisão de Lucas em preventiva. Ele deverá responder pelos crimes de homicídio qualificado e por integrar organização criminosa.


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