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Rio Branco segue entre as oito piores capitais em ranking de saneamento

Foto: Reprodução/Internet

O Instituto Trata Brasil (ITB), em parceria com a consultoria GO Associados, divulgou a 17ª edição do Ranking do Saneamento, que avalia os 100 municípios mais populosos do Brasil. A análise considera os dados mais recentes do Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (SNIS), ano-base 2023, publicados pelo Ministério das Cidades, e utiliza metodologia própria desenvolvida em conjunto com a GO Associados.


Desde 2009, o levantamento monitora os indicadores das maiores cidades do país, com o objetivo de evidenciar a falta de acesso ao saneamento básico — um problema histórico. Atualmente, 16,9% dos brasileiros ainda não têm acesso à água potável e 44,8% não possuem coleta de esgoto, impactando diretamente a saúde, a produtividade, a valorização imobiliária, o turismo e a qualidade de vida, além de comprometer o desenvolvimento socioeconômico.



Posição de Rio Branco


A capital do Acre, Rio Branco, ocupa a 97ª posição no ranking, repetindo a mesma colocação registrada em 2024, e permanecendo entre os municípios com piores indicadores de saneamento no país. A cidade está incluída entre as oito capitais com pior desempenho, ao lado de Recife (PE), Maceió (AL), Manaus (AM), São Luís (MA), Belém (PA), Macapá (AP) e Porto Velho (RO).


 



Panorama nacional


O ranking avalia três dimensões: Nível de Atendimento, Melhoria do Atendimento e Nível de Eficiência. Nesta edição, Campinas (SP) lidera a lista, seguida por Limeira (SP) e Niterói (RJ). Dos 20 melhores municípios, nove são de São Paulo, cinco do Paraná, três de Minas Gerais, dois de Goiás e um do Rio de Janeiro. Já entre os 20 piores, além de Rio Branco, quatro cidades são do Rio de Janeiro, quatro de Pernambuco e três do Pará.


O estudo também registrou uma aparente queda nos indicadores gerais de saneamento em relação à edição anterior, referente a dados de 2023. No entanto, segundo o ITB, essa diferença se deve à atualização metodológica após a divulgação do Censo 2022, que corrigiu projeções populacionais anteriores, oferecendo uma medição mais precisa da realidade, sem indicar necessariamente uma piora no saneamento.


Investimentos e universalização


O levantamento aponta relação direta entre investimentos e avanços nos indicadores. Um dos destaques é o Investimento Médio por Habitante, que indica a distância dos municípios em relação ao valor ideal estabelecido pelo PLANSAB para a universalização do saneamento, de R$ 223,82 por ano.


• 20 melhores municípios: investimento médio anual entre 2019 e 2023 de R$ 176,39 por habitante, cerca de 20% abaixo do valor ideal. Como muitos desses municípios já possuem saneamento avançado, esse valor não compromete o atendimento às metas do Novo Marco Legal do Saneamento.


• 20 piores municípios, incluindo Rio Branco: investimento médio anual de R$ 78,40 por habitante, 65% abaixo do valor necessário, refletindo a necessidade urgente de medidas para ampliar o saneamento básico e garantir cobertura adequada à população.


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