Durante a agenda do presidente Lula em Rio Branco, nesta quinta-feira, 08, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, apresentou um balanço das ações do governo federal no Acre, criticou a gestão de Jair Bolsonaro e anunciou recursos para o maior programa de reflorestamento produtivo da região Norte. A fala ocorreu na filial 5 na Cooperacre, em Rio Branco (AC).
Logo no início, o ministro lembrou personagens históricos ligados à causa ambiental e à luta pela terra no Acre.“Eu conheci a Júlia Feitosa e a Yolanda, conheci também o nosso bispo Moacyr Grechi, conheci Marina Silva e Chico Mendes aqui no Acre, a quem quero prestar essa homenagem”, pontuou.
Na sequência, Paulo Teixeira destacou a abrangência da ação do governo federal no evento. “Nós temos aqui hoje, presidente Lula, a atender mil e setecentas famílias que vão receber título, que vão receber crédito, que vão receber terra e novos assentamentos. Eu quero pedir uma salva de palmas para o Márcio Alecio, para o César Aldrighi, presidente do Incra, e o superintendente do Incra aqui no Acre”, afirmou.
Ao comparar os resultados da atual gestão com o governo anterior, Teixeira afirmou. “Presidente Lula, o senhor, de 2023 a 2025, já criou dez novos assentamentos no Acre. O governo anterior não criou nenhum assentamento no Acre. O senhor já regularizou 5.210 famílias. No governo passado, 1.049. Nós já regularizamos quatro mil famílias a mais. No seu governo, de 2023 a 2025, já foram arrecadados duzentos mil hectares de terra para a reforma agrária. No governo passado, nenhuma colher de terra foi destinada à reforma agrária. Presidente Lula, o senhor já investiu R$ 37 milhões. No governo passado, foram R$ 15 milhões. Então, até agora, nós já fizemos uma dianteira em relação ao governo passado. Em títulos definitivos, o senhor entregou mais do que o governo passado. Nós vamos terminar com 2,5 mil, eles com 1,4 mil. O senhor doou terras urbanas para que dez mil famílias do Acre sejam tituladas em terras públicas urbanas, documentadas. No governo passado, nenhum metro de área foi doada aqui. Hoje, estão sendo atendidas 1.7 mil famílias aqui”, ressaltou.
O ministro anunciou recursos para cadeias extrativistas, com foco na geração de renda e na conservação da floresta: “Além disso, eu quero falar de uma outra notícia. O presidente Lula já disponibilizou R$ 50 do orçamento do MDA, R$ 150 milhões do orçamento do BNDES, e R$ 50 milhões do orçamento da Caixa Econômica Federal. São R$ 250 milhões para florestas produtivas na região Norte do Brasil. Vai ser o maior programa de reflorestamento para a produção de açaí, de castanha, de cupuaçu, de cacau, de dendê, de andiroba. E vamos garantir que a mulher e o homem da floresta possam ter prosperidade na vida, de vender esses produtos para o Brasil e para o mundo”, pontuou.
Em tom mais descontraído, ele ironizou os Estados Unidos ao falar do valor nutricional da castanha. O ministro aproveitou para criticar indiretamente o “Tarifaço” promovido pelo governo Trump. “Por último, dizem que a castanha já foi comprovada que ela tem selênio e o selênio dá inteligência. Não é inteligente achar castanha. O povo americano precisa comer castanha, porque se comesse mais castanha não tinha uma medida tão atrasada como essa”, ressaltou.
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