Maduro critica envio de tropas dos EUA ao Caribe: “Ninguém toca nesta terra”

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Caracas - 31/07/2024 (Foto: Leonardo Fernandez Viloria/Reuters)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reagiu ao aumento das tensões com os Estados Unidos após a mobilização de tropas norte-americanas no Caribe. Em discurso transmitido pela TV estatal na segunda-feira (25), ele questionou como Washington reagiria caso estivesse em situação semelhante.


Segundo Maduro, seria impensável que um líder político ou social norte-americano pedisse a intervenção de potências estrangeiras contra seu próprio país.


“O que fariam os tribunais dos EUA se um americano, homem ou mulher, de qualquer classe social, seja um líder de opinião ou um líder de um partido político ou de uma força política, que esteja contra o governo no poder, convocasse outras potências — não vou citar nenhuma — [convocasse] outras potências para que venham com seus navios, bombardeiem, matem, intervenham?”, disse.


O líder venezuelano disse que quem respondesse sua hipótese também estaria respondendo à mesma pergunta sobre a Venezuela. Ainda, ele declarou estar convicto de que, assim como os cidadãos dos EUA defendem sua pátria diante de uma ameaça, os venezuelanos estão fazendo o mesmo. “Estamos dentro da nossa lei, e ninguém toca nesta terra”, afirmou.


Envio de embarcações

A agência Reuters reportou que os Estados Unidos enviou mais embarcações para o sul do Caribe como reforço militar na região. O presidente dos EUA, Donald Trump, tem como objetivo enfrentar ameaças de cartéis de drogas latino-americanos, segundo fontes da agência.


O USS Lake Erie, um cruzador de mísseis guiados, e o submarino de ataque rápido USS Newport News devem chegar ao sul do Caribe no início da próxima semana.


Ainda de acordo com as fontes, que falaram sob anonimato, a operação tem como justificativa combater “organizações narcoterroristas” consideradas uma ameaça à segurança nacional dos EUA.


Essa movimentação se soma ao envio anterior de um esquadrão anfíbio, composto pelo USS San Antonio, o USS Iwo Jima e o USS Fort Lauderdale, que transportam cerca de 4.500 militares, incluindo 2.200 fuzileiros navais. As embarcações deveriam ter alcançado a costa da Venezuela no último domingo (24).


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