Ícone do site Ecos da Noticia

Lula se reúne com Geraldo Alckmin sobre ajuda contra tarifaço: veja as possíveis medidas

Alckmin iria participar de um evento, mas cancelou a agenda após convocação de Lula para reunião (Fotos – da esquerda para a direita: José Cruz | Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, nesta segunda-feira (11) às 17h. Na pauta estará o pacote de medidas de apoio a setores afetados pelas tarifas de 50% impostas pelo governo dos Estados Unidos a produtos brasileiros. Alckmin havia dito na semana passada que o pacote seria divulgado até esta terça-feira (12).


Alckmin participaria nesta segunda-feira do lançamento do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex), em São Paulo, mas o evento foi adiado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) por conta da convocação da reunião no Palácio do Planalto por Lula.


O pacote, elaborado pelo Ministério da Fazenda, foi entregue a Lula na quarta-feira (6). Como mostrou o Estadão, a Fazenda fez um estudo “amplo”, para munir Lula com diversas opções sobre a mesa, mesmo aquelas não recomendadas pela pasta. O plano oferece desde linhas de crédito para abastecer o capital de giro das empresas, como já anunciado pelo próprio ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice-presidente Alckmin, a aumento de compras governamentais.


Desde o anúncio do tarifaço, no dia 9 de julho, empresas ligadas à indústria e segmentos do agronegócio vêm intensificando as conversas com o governo em busca de medidas de proteção.


Pelo lado da indústria, os pedidos foram entregues pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao governo. A lista de demandas, que inicialmente continha 37 medidas, acabou sendo reduzida para oito, consideradas prioritárias.


Ela continha pedidos de linhas de financiamento, proteção ao emprego, devolução mais rápida de créditos tributários e também medidas antidumping, para impedir uma enxurrada de importados no Brasil, além de incentivo à abertura de novos mercados.


Em conversa com o Estadão, o diretor de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles, afirmou que o governo tem informações das empresas para conseguir fazer um programa direcionado e que grande parte das medidas não têm impacto fiscal.


“Não é para a indústria toda; é somente para as empresas muito afetadas. É possível o governo identificar isso com muita antecedência, porque ele sabe o quanto cada um exporta e o grau de dependência ao mercado americano”, disse. “Muita coisa não tem custo fiscal, como medidas antidumping e devolução de créditos, por exemplo”, completou.


No agro, os pedidos se concentram basicamente no aumento das compras governamentais, principalmente de itens perecíveis como frutas, peixes, mel e açaí, e linhas de crédito, para capital de giro e para financiar exportações para outros mercados.


Há ainda pedidos relacionados à regulação, para uso dos produtos in natura – como por exemplo adição de mel em vez apenas a sua essência. Outro pleito do setor e que está sob avaliação do governo, segundo apurou o Estadão/Broadcast, é o aumento do teor mínimo obrigatório de frutas e sucos de frutas em refrigerantes e bebidas envasadas, o que poderia absorver parte das frutas como mangas que deixarão de ser exportadas.


Essas medidas dependeriam apenas de um decreto presidencial, sem necessidade de aprovação pelo Congresso.


Veja abaixo um resumo das medidas que estão sendo analisadas por Lula

Sair da versão mobile