Na oitava noite da Expoacre 2025, o vice-prefeito de Rio Branco, Alysson Bestene (PP), marcou presença neste sábado, 02, no estande do ac24horas, na qual falou sobre educação, valorização dos servidores, sucessão municipal, a possibilidade de uma candidatura de Tião Bocalom ao governo e o futuro do grupo político que atualmente governa o estado e a capital.
O vice-prefeito explicou que sua ausência se deu por compromissos nacionais ligados à educação. “Apesar das agendas fora do Estado, representamos a nossa Secretaria Municipal de Educação no Fórum dos Prefeitos com os secretários de capitais e também como presidente da Undime, depois em Salvador, no Fórum Nacional da Undime. Fomos eleitos para a chapa nacional que discute os principais temas da educação do país, inclusive o novo Plano Nacional de Educação”, pontuou.
Sobre o evento, Alysson destacou a defesa por um olhar diferenciado à região amazônica. “Reforçamos o fator amazônico. Precisamos de um financiamento diferenciado. A logística é totalmente diferente do Sul e Sudeste. Para avançarmos na qualidade do ensino no Norte, é essencial esse reconhecimento”, ressaltou.
Bestene também exaltou os avanços na educação infantil e básica em Rio Branco. “Na gestão do prefeito Bocalom, tivemos um salto. Antes não tinha creche a partir dos 0 anos. Hoje temos, com berçários, como na Cidade do Povo. Estamos ampliando para outros bairros, como a maior creche do estado que será entregue na Vila Acre, com capacidade para 300 crianças”, ressaltou.

Foto: Jardy Lopes
Ele ainda lembrou que Rio Branco ocupa posição de destaque no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). “Somos a segunda capital do país com melhor Ideb. Goiânia tem 6,5; nós temos 6,4. E isso graças à formação constante dos profissionais, aos avanços tecnológicos como chromebooks, lousas interativas, tablets, e mais recentemente, a robótica, diretamente da Alemanha”, destacou.
O vice-prefeito também destacou novos projetos na área educacional: “Vamos lançar um caderno inédito voltado para o Ideb. Também iniciamos a educação financeira, em parceria com a CDL, para ensinar nossas crianças a lidar com o dinheiro e evitar o endividamento familiar”, acrescentou.
Ao ser questionado sobre a valorização dos servidores e a cobrança dos sindicatos por um Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), Alysson destacou a importância da responsabilidade fiscal: “Todo sindicato busca valorização. Cabe à gestão avaliar o que é possível dentro das condições fiscais. O prefeito Bocalom fez reajustes em 2022 e 2023. Agora, precisamos de controle, inclusive com a reforma previdenciária que está sendo planejada, para garantir equilíbrio e futuramente valorizar ainda mais nossos servidores”, pontuou.
Sobre política, Alysson foi cauteloso ao comentar a possível candidatura de Bocalom ao governo estadual. “É natural que o prefeito, uma vez bem avaliado nas ações que vem conduzindo, tanto no primeiro quanto no segundo mandato, como ele mesmo falou, esteja executando 100 obras. Por exemplo, na própria educação, a gente acabou de ganhar um prêmio pelo programa Mente Inovadora, que refletiu diretamente no ensino, na educação básica, contribuindo para a melhora do Ideb. E também houve avanços em outros aspectos: melhorias na saúde, na infraestrutura. Então, é natural que essa avaliação lhe dê todo esse arcabouço para buscar uma possível candidatura, se assim for o desejo. Eu parto do princípio de que, em 2024, nós saímos dentro de uma aliança, uma unidade em que todos entendemos que era o melhor para Rio Branco. E continuo pensando nesse mesmo propósito”, pontuou.

Foto: Jardy Lopes
Sobre possíveis rupturas, respondeu: “É natural que dissidências possam ocorrer, mas a gente vê que existe um projeto que vem dando certo. Existem, como a gente falou, obras importantes que precisam de continuidade. Olha, eu acabei de vir de um evento, como eu estava falando para vocês, e lá foi citado o município de Sobral, no Ceará. Sobral fez uma política de Estado para a educação. Pode sair o prefeito A, entrar o prefeito B, e vice-versa, que a política se mantém. Há continuidade, pelo bem maior da população. Então, quando você tem os mesmos propósitos, os mesmos princípios, que é dar continuidade àqueles bons serviços, isso se torna um princípio de unidade. Eu também entendo que, se esse grupo permanecer unido, esses bons projetos vão continuar chegando à população de Rio Branco. Eu comungo da ideia de que ainda temos tempo para que nossas principais lideranças sentem à mesa, discutam esse projeto, que não é só para agora, para oito anos, mas para a gente pensar Rio Branco ao longo dos próximos vinte anos”, ressaltou.
Para Bestene, o grupo político liderado por Gladson e Bocalom ainda vive um bom momento. “Ainda está no auge. Eu vejo que ainda está no auge e que há muita lenha para queimar. Até as eleições do próximo ano, acredito que essas lideranças precisam se reunir, discutir esse projeto de futuro, para dar continuidade ao que é bom, ao desenvolvimento do Estado do Acre. O nosso Estado agora começa a colher os frutos de uma nova fase, iniciada com o governador Gladson, principalmente no agronegócio. Quando entramos nesse grupo em 2018, junto com Gladson, começamos um processo cujo resultado ainda está sendo colhido”, finalizou.