EUA cancelam evento com a FAB e governo vê sinal de distanciamento, diz jornal

Os Estados Unidos cancelaram a Conferência Espacial das Américas, evento que seria realizado em parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB) e indicaram que não vão participar da Operação Formosa, exercício liderado pela Marinha dos dois países, informou a Folha de S. Paulo nesta quarta-feira (20)


Os gestos, segundo o jornal, são lidos por autoridades brasileiras como parte do desgaste crescente entre os governos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump.


A conferência, que seria realizada entre 29 e 31 de julho, em Brasília, foi cancelada de forma unilateral por Washington, segundo nota da FAB. Seria a quarta edição do encontro, que no ano anterior reuniu representantes de dez países, incluindo EUA, Canadá, Argentina, Chile e México, com foco em cooperação espacial em áreas como defesa, telecomunicações e pesquisa.


Formosa sem EUA nem China

Outro movimento de distanciamento envolve a Operação Formosa,. Pela primeira vez em anos, os fuzileiros navais norte-americanos não responderam ao convite formal enviado pela Marinha. A China também sinalizou que ficará de fora. No ano passado, tropas dos dois países participaram juntas do exercício, um gesto diplomático raro.


Apesar do histórico de cooperação, fontes ligadas à organização do evento apontaram à Folha que o clima político pesou. Dentro do governo Lula, há uma ala que considera inapropriada a presença militar americana no momento em que os EUA impõem sanções contra autoridades brasileiras, como o ministro Alexandre de Moraes, e aplicam tarifas de 50% sobre produtos nacionais.


Mesmo assim, integrantes da Defesa minimizam a crise e afirmam que não há ruptura na cooperação militar.


Crise diplomática

A deterioração das relações tem sido alimentada por ataques públicos do presidente Trump ao governo brasileiro e ao STF. Washington acusa o Judiciário de perseguir Jair Bolsonaro, réu por tentativa de golpe de Estado.


A retaliação incluiu a revogação de vistos de magistrados e servidores, a suspensão de vistos de integrantes do programa Mais Médicos e a imposição de sanções ao ministro Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky.


Esses gestos diplomáticos resultaram no congelamento de canais de diálogo entre Brasília e Washington, segundo o próprio presidente Lula.


Crise diplomática

A deterioração das relações tem sido alimentada por ataques públicos do presidente Trump ao governo brasileiro e ao STF. Washington acusa o Judiciário de perseguir Jair Bolsonaro, réu por tentativa de golpe de Estado.


A retaliação incluiu a revogação de vistos de magistrados e servidores, a suspensão de vistos de integrantes do programa Mais Médicos e a imposição de sanções ao ministro Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky.


Esses gestos diplomáticos resultaram no congelamento de canais de diálogo entre Brasília e Washington, segundo o próprio presidente Lula.


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