Na final da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, realizada no MetLife Stadium, em Nova Jersey, o Chelsea conquistou a vitória sobre o Paris Saint-Germain, mas a celebração foi marcada por uma situação inusitada envolvendo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Durante a entrega do troféu, o capitão do Chelsea, Reece James, levantou uma réplica da taça, já que o troféu original permanece no Salão Oval da Casa Branca, sob posse de Trump.
O troféu, uma peça sofisticada com acabamento em ouro 24 quilates e design elaborado em parceria com a Tiffany & Co, foi apresentado oficialmente em março deste ano na Casa Branca pelo presidente da FIFA, Gianni Infantino.
Desde então, a taça não saiu do gabinete presidencial, após um acordo informal entre Trump e Infantino, que teria dito que o troféu poderia ficar “para sempre” no local. Estima-se que o valor da peça original seja cerca de US$ 230 mil.
“Eles [a FIFA] disseram: ‘Você poderia guardar esse troféu por um tempo?’ Nós o colocamos no Salão Oval e então eu perguntei: ‘Quando vocês vão buscar o troféu?’, e [o presidente da FIFA, Gianni Infantino] respondeu: ‘Nunca vamos buscá-lo, você pode ficar com ele para sempre no Salão Oval’,” disse Trump em uma entrevista para a emissora DAZN. “E eles realmente fizeram um novo [para o Chelsea], mas agora [o original] está no Salão Oval,” disse ele.
A presença prolongada de Trump no palco durante a cerimônia de premiação também chamou atenção dos jogadores do Chelsea, que demonstraram certo desconforto.
O lateral Reece James, capitão do Chelsea, disse que o presidente americano ignorou o protocolo para permanecer no centro das atenções: “Disseram-me que ele iria entregar o troféu e depois sair do palco, e eu pensei que ele sairia do palco, mas ele quis ficar”.
O meia Cole Palmer, escolhido craque da competição, afirmou ter ficado “confuso” com a insistência do presidente em permanecer na cena da entrega, contrariando o protocolo esperado.
Além do troféu, Trump também teria recebido uma medalha especial entregue por Infantino, reforçando a proximidade entre o presidente americano e o dirigente da FIFA.
A relação entre os dois ficou cada vez mais próxima, especialmente com a aproximação da Copa do Mundo de 2026, que terá jogos sediados nos Estados Unidos. A FIFA inclusive abriu um escritório na Trump Tower, em Manhattan.