A prisão de Laurisley Fideles Mariano, o “Arrascaeta”, nesta quarta-feira, 17, no Rio de Janeiro, revelou o avanço da articulação para implantação da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP) no Acre. Considerado um dos criminosos mais perigosos do estado, Arrascaeta é apontado como peça-chave na tentativa de consolidar a presença do TCP em território acreano.
Segundo as investigações da Polícia Civil do Acre (PCAC), Laurisley deixou o estado para se refugiar no Rio de Janeiro, onde se aproximou das lideranças do TCP no Complexo do Israel. De lá, passou a atuar como intermediário entre o crime organizado carioca e facções locais, articulando a expansão do TCP no Acre.

Pichações com a sigla de facção criminosa alertaram a Polícia Civil sobre a tentativa de domínio do TCP no Acre. A resposta foi rápida e eficiente. Fotos: cedidas
Ele e seu comparsa, Jeremias Lima de Souza, que foi morto em dezembro de 2024 em Rio Branco, chegaram a se infiltrar no Bonde dos 13, tradicional rival do Comando Vermelho, em uma tentativa de estabelecer uma base do TCP no estado. O plano previa, inclusive, o assassinato de Francisco Gleison, o “Neném”, liderança do Bonde dos 13 na Cidade do Povo.

Preso no RJ, “Arrascaera” atuava como elo entre o TCP carioca e o Bonde dos 13 no Acre. Foto: cedida
Jeremias voltou ao Acre para cumprir essa missão, mas acabou morto antes de conseguir executá-la. Arrascaeta permaneceu no Rio, atuando como o principal elo entre o tráfico carioca e os interesses do TCP no Acre.
A Polícia Civil monitorava a movimentação do grupo desde o final de 2024, intensificando a vigilância após o surgimento de pichações com a sigla “TCP” em bairros de Rio Branco, principalmente na Cidade do Povo.
Ações de inteligência e o intercâmbio de informações com forças de segurança do Rio resultaram na captura de Arrascaeta, que tentou fugir pela Avenida Brasil e chegou a se identificar com nome falso antes de ser detido.
Para a PCAC, a prisão representa um golpe estratégico na tentativa de implantação do TCP no estado e enfraquece o principal canal de articulação da facção na região. O criminoso deve ser transferido para o Acre, onde responderá por homicídios e envolvimento com organização criminosa.
Com informações da PCAC