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Nova tarifa social zera a conta de luz para famílias do CadÚnico com baixo consumo

A partir deste sábado (5), entra em vigor a nova tarifa social de energia elétrica, que isenta do pagamento da conta de luz famílias de baixa renda inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) com consumo mensal de até 80 kWh. A medida faz parte de uma Medida Provisória (MP) publicada em maio e precisa ser aprovada pelo Congresso em até 120 dias para não perder validade.


Segundo estimativas do governo federal, cerca de 60 milhões de pessoas serão contempladas com a isenção total ou parcial da tarifa. O custo da medida é estimado em R$ 3,6 bilhões por ano, valor que, segundo o Ministério de Minas e Energia, será compensado com a abertura do mercado de energia e ajustes regulatórios no setor.


Antes da mudança, apenas indígenas e quilombolas tinham direito à gratuidade. Famílias de baixa renda cadastradas no CadÚnico recebiam descontos de até 65% na fatura.


Agora, o novo modelo amplia o benefício e estabelece isenção total para quem consome até 80 kWh por mês. Para consumo entre 80 e 120 kWh, o desconto é mantido.


Quem tem direito

Pelas novas regras, poderão receber o benefício:


Além disso, o governo prevê uma nova faixa de desconto, direcionada a famílias com renda entre meio e um salário mínimo per capita. Nesse caso, haverá redução proporcional sobre a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para consumo de até 120 kWh por mês. A CDE representa cerca de 12% da conta de energia e financia políticas públicas no setor elétrico.


Pressão política e custo fiscal

A MP que viabiliza a nova tarifa social ainda depende da aprovação da Câmara e do Senado. A medida é tratada como uma vitrine social do governo Lula, especialmente importante em um contexto de queda de popularidade entre os eleitores de baixa renda. A meta é ampliar o acesso à energia e aliviar o orçamento das famílias mais vulneráveis.


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