O Conselho de Sentença da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar de Rio Branco, condenou por homicídio, com quatro qualificadoras, o mecânico Simey de Menezes Costa, acusado de ter matado com mais de 30 facadas sua noiva, Ketelly Soares de Souza (33), em junho do ano passado no Polo Benfica, em Rio Branco.
No final do julgamento, a juíza Helen Oliveira fez uma breve análise sobre a violência contra a mulher, em seguida deu o veredito final estabelecendo uma pena de 17 anos e seis meses de reclusão em regime fechado.
A magistrada ainda negou ao réu o direito de recorrer da sentença em liberdade. Dona Francisca Soares, mãe da vítima, considera a pena branda. “Ele vai cumprir 4 ou 5 anos, no máximo, e ficará em liberdade condicional para fazer o que bem entender. Minha filha não. Ela vai continuar morta”, comentou a idosa.
Simey Menezes e Ketelly viviam juntos até uma semana antes da tragédia. O mecânico havia pedido ela em noivado pouco antes do crime. O acusado tinha ciúme doentio da vítima, a ponto de passar a controlar sua vida, desde quando ela saía de casa para o trabalho e retornava. Controlava até a saída da mulher para a casa da própria mãe.
Na noite de 8 de junho de 2024, vizinhos ouviram uma discussão, e de repente o silêncio tomou conta. Acredita-se que foi nesse momento que ocorreu o assassinato. Em seguida, Simey saiu na moto da companheira e deixou o portão da área aberto. A jovem foi encontrada morta na sala com dezenas de perfurações de arma branca e sinais de espancamento. Ele foi preso quatro dias depois, ao se apresentar na Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM).