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Haddad diz que há diálogo com EUA, mas “Lula não pode passar papelão como Zelensky”

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (29) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não pode “passar um papelão” como o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em eventual contato direto com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a tarifa de 50% prevista para entrar em vigor na sexta-feira (1º).


“Se houver uma reunião ou um telefonema entre os presidentes, nós temos que ter a segurança que não vai acontecer com o presidente Lula o que aconteceu com o Zelensky, que passou um papelão na Casa Branca. Ou você se dá algum respeito, ou vai virar motivo de chacota”, disse Haddad em entrevista à CNN Brasil.


Haddad reagiu às críticas de que o governo estaria sendo lento nas tratativas para evitar o tarifaço. Segundo ele, a acusação de inércia “não tem nenhum amparo na realidade” e o trabalho começou ainda em maio, quando Trump anunciou tarifas iniciais de 10%.


“As negociações estão muito mais no ritmo deles do que no nosso. Eu pessoalmente estou envolvido, o presidente Alckmin não faz outra coisa a não ser isso. Hoje ele fez reunião, ontem ele fez reunião, reuniu todo o empresariado. O que falta de empenho está faltando é do governo brasileiro?”, afirmou.


O ministro relatou que, ainda em maio, buscou encontro com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, mesmo sem convite formal.


“Fui pra Califórnia sabendo que ele ia estar lá. Consegui, via um amigo comum, o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, que fez o contato para que nós pudéssemos nos reunir.”


Haddad acusou integrantes da oposição de atrapalharem as negociações ao adotarem discursos que, segundo ele, favorecem a estratégia americana.


“Ao invés de ajudar, eles estão atrapalhando. Esse discurso leva água para o moinho da pessoa que quer te taxar, ao invés de defender os interesses nacionais”, afirmou.


Prazo para definição se aproxima

Faltando três dias para a data prevista de início da tarifa de 50%, Haddad afirmou que nem o governo brasileiro nem os EUA têm clareza total sobre quais produtos serão afetados. Ele disse que um plano de curto, médio e longo prazo já está pronto e poderá ser executado em até 48 horas após o anúncio americano.


“Temos que ter cautela. Não podemos ser nem arrogantes, nem submissos. O Brasil tem tamanho e importância no mundo e merece respeito”, disse.


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