Gaeco prende seis mulheres do “CALL Center do Crime” responsáveis por “Golpe do Pix”

O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO) e em parceria com a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP), deflagrou nesta quinta-feira (17) a segunda fase da operação contra um grupo criminoso especializado no “golpe do Pix”.


Nesta etapa, batizada de Call Center do Crime, seis mulheres foram presas em flagrante dentro de uma residência localizada na Rua Joaquim Macedo, bairro São Francisco, em Rio Branco. O imóvel servia como central de operações do grupo, que usava ligações telefônicas para enganar vítimas em diferentes regiões.



De acordo com as investigações, as criminosas se passavam por funcionárias de bancos ou empresas de crédito e ofereciam falsas renegociações de dívidas com descontos expressivos. Para “garantir” o suposto benefício, exigiam que as vítimas realizassem transferências via Pix — que iam diretamente para contas controladas pela organização.


Durante o cumprimento dos mandados autorizados pelo Juízo de Garantias, foram apreendidos celulares, chips e notebooks, que servirão como prova do esquema criminoso e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) precisou ser acionado para atender uma das mulheres que foi presa.



A promotora de Justiça Maísa Arantes, responsável pela investigação, explicou que a operação teve início em abril e busca desarticular completamente a estrutura da organização, que atua no Acre e fora dele. “Esta fase da operação visa aprofundar as investigações, com o cumprimento de mandados de busca e apreensão. Foram apreendidos diversos celulares, chips e notebooks, e seis mulheres foram presas em flagrante, suspeitas de participar do esquema”, detalhou.



Sobre o modo de atuação dos golpistas, a promotora acrescentou: “O golpe funciona através de ligações telefônicas, onde os criminosos se identificam falsamente como representantes de bancos ou empresas. Eles enganam pessoas vulneráveis, oferecendo supostos descontos para quitação de dívidas, levando as vítimas a transferir dinheiro indevidamente”.



Maisa Arantes destacou ainda, a necessidade de atenção por parte da população. “É importante que as pessoas se informem sobre esses golpes e, caso sejam vítimas, registrem boletim de ocorrência e comuniquem o Ministério Público”, finalizou.


As investigações continuam e outras prisões não estão descartadas.


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