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Famílias de detentos bloqueiam avenidas em protesto na capital do Acre

Foto: Whidy Melo/ac24horas

Familiares de detentos do Complexo Penitenciário Francisco de Oliveira Conde, do presídio Antônio Amaro Alves e da unidade feminina iniciaram, na manhã desta segunda-feira (14), uma manifestação em frente à sede do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (IAPEN), no bairro Estação Experimental, em Rio Branco.


O ato, que começou na Avenida Nações Unidas, se espalhou para a Avenida Ceará e bloqueia o trânsito nas duas vias, gerando congestionamentos, confusão com motoristas e tensão no local. Parte dos manifestantes chegou a formar uma corrente humana para impedir a passagem de veículos. Em meio ao protesto, motociclistas tentaram furar o bloqueio, e ao menos uma criança foi vista em situação de risco, empurrada em um carrinho no meio da via.


Foto: David Medeiros

A manifestação denuncia o que os participantes consideram violações de direitos nas unidades prisionais do Estado, incluindo restrições às visitas, dificuldades para o agendamento, impedimentos para a entrega de alimentos caseiros e materiais de escrita, além da exigência de comprovação de casamento formal para visitas conjugais.


“Hoje em dia só entra um familiar por mês. Queríamos que acrescentassem pelo menos mais um. Também mudaram o agendamento de visitas, que era pelo WhatsApp e agora é por e-mail. Muita gente não sabe mexer com isso, dificultou muito”, afirmou Cid, que tem familiar preso no presídio Antônio Amaro. Ele também criticou a gestão da unidade. “O diretor não respeita nem a portaria. A gente deixa as coisas na portaria, mas não entram no Antônio Amaro.”


Foto: David Medeiros

Lene Oliveira, esposa de um detento do Francisco de Oliveira Conde, relatou que os itens entregues pelas famílias nem sempre chegam ao destino. “Desde a roupa até o prestobarba, a gente compra tudo. Mas eles quebram, jogam fora, dão para outras pessoas. Eles tiraram o caderno e a caneta do preso. Nem pra escrever uma carta a gente tem como se comunicar. Tudo é a gente que banca, não é o IAPEN”, afirmou.


A manifestação segue e gera grandes transtornos no tráfego da região. As Avenidas Nações Unidas e Ceará permanecem interditadas durante a ação.


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