O dólar à vista inverteu o sinal e sobe nesta quinta-feira (31) frente ao real, após abrir em queda, reagindo aos dados de inflação PCE e de emprego nos Estados Unidos. O movimento é reforçado pela queda nos preços do minério de ferro e do petróleo, além dos PMIs industrial e de serviços da China, que vieram abaixo do esperado.
A sessão ainda conta com o fechamento da taxa Ptax para o mês. Calculada pelo BC com base nas cotações do mercado à vista, a Ptax serve de referência para a liquidação de contratos futuros. No fim de cada mês, agentes financeiros tentam direcioná-la a níveis mais convenientes às suas posições.
Qual a cotação do dólar hoje?
Às 10h09, a moeda norte-americana à vista subia de 0,41%, aos R$ 5,613 na venda. Na B3 o dólar para agosto — atualmente o mais líquido no Brasil — subia 0,58%, aos R$5,613.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,613
- Venda: R$ 5,613
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,631
- Venda: R$ 5,811
O que aconteceu com dólar hoje?
A inflação aumentou nos Estados Unidos em junho uma vez que as tarifas sobre as importações começaram a elevar o custo de alguns produtos, corroborando as expectativas dos economistas de que as pressões sobre os preços aumentarão no segundo semestre do ano.
O índice PCE de inflação subiu 0,3% no mês passado, após um aumento revisado para cima de 0,2% em maio, informou o Departamento de Comércio nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam alta de 0,3% do índice, após taxa de 0,1% relatada anteriormente em maio. Nos 12 meses até junho, o índice de preços PCE avançou 2,6%, de 2,4% em maio.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo anunciará nos próximos dias um plano de proteção para a indústria e o agronegócio, em resposta à tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Classificando a medida como “injusta”, ele disse que o Brasil seguirá negociando com Washington.
No cenário econômico, a dívida bruta do país subiu para 76,6% do PIB em junho, acompanhada de déficit primário acima do esperado. A dívida líquida chegou a 62,9% do PIB. Já a taxa de desemprego ficou em 5,8% no trimestre encerrado em junho.
Na véspera, o Banco Central decidiu interromper o ciclo de alta nos juros ao manter a Selic em 15% ao ano, e ressaltou que antecipa uma manutenção da taxa por período bastante prolongado, também pregando cautela diante de incertezas geradas pela tarifa dos EUA sobre produtos brasileiros.
No exterior, investidores acompanham dados dos EUA sobre o índice de preços PCE e pedidos de auxílio-desemprego depois de o Federal Reserve ter mantido os juros na véspera em uma votação por 9 a 2.
(Com Reuters e Estadão)