O acordo comercial entre Estados Unidos e União Europeia fez o dólar subir nesta segunda-feira ante todas as demais divisas ao redor do mundo, incluindo o real, com investidores no Brasil também dando preferência a posições defensivas na moeda norte-americana, a poucos dias do tarifaço de Donald Trump sobre os produtos brasileiros.
Na avaliação do Bradesco BBI, crescem os temores diante da falta de acordo entre Brasil e Estados Unidos, especialmente depois que Donald Trump reafirmar que não irá adiar o prazo para a vigência de novas tarifas sobre produtos importados de outros países. Ainda assim, alguns senadores brasileiros tiveram uma primeira reunião de trabalho no sábado, em Washington, em busca de um acordo.
Qual a cotação do dólar hoje?
O dólar à vista fechou o dia com alta de 0,54%, aos R$ 5,5925, no maior valor desde 4 de junho, quando encerrou a R$ 5,645. No ano, porém, o dólar acumula baixa de 9,49%.
Às 17h06 na B3 o dólar para agosto — atualmente o mais líquido no Brasil — subia 0,54%, aos R$5,5975.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,592
- Venda: R$ 5,592
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,60
- Venda: R$ 5,78
O que aconteceu com dólar hoje?
No fim de semana, EUA e União Europeia fecharam um acordo prevendo tarifa de 15% sobre os produtos europeus, em um entendimento que foi bem recebido pelo mercado. Isso deu força ao dólar ante as demais divisas e aos rendimentos dos Treasuries, em meio à percepção de que a guerra comercial foi em parte amenizada pelos acordos recentes dos EUA.
No Brasil, após registrar uma cotação mínima de R$5,5686 (+0,12%) às 10h04, o dólar à vista marcou a máxima de R$5,6069 (+0,80%) às 10h47, em sintonia com o avanço da moeda norte-americana ante as demais divisas.
Internamente, a cautela antes do início da cobrança, pelos EUA, de tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, no dia 1º de agosto, também favorecia o posicionamento de parte dos investidores no dólar. A segunda-feira foi mais um dia sem novidades sobre possível negociação comercial entre Brasil e EUA.
“Mesmo diante das valorizações das commodities, como minério de ferro e petróleo, a cautela prevaleceu nos mercados emergentes, aumentando a demanda por proteção cambial”, pontuou no fim da tarde Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.
Às 17h15, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 1,07%, a 98,652, com ganhos fortes da moeda norte-americana ante o iene, o euro e a libra.