Diego Luiz Gois Passo, suspeito de atropelar a assessora jurídica Juliana Chaar Marçal, de 36 anos, que foi preso em uma ação do Grupo Especial de Fronteira (Gefron) nesta terça-feira (15), foi o responsável pela tentativa de ocultação de uma pistola e um revólver minutos antes de uma ação policial que tentou prendê-lo no último sábado (12), obteve ajuda externa para fugir da polícia e ainda não apresentou o veículo usado no crime, uma camionete de cor preta. As informações foram dadas em coletiva de imprensa pelo delegado de polícia civil Alcino Júnior e pelo coordenador do Gefron, coronel Assis dos Santos.
Entenda o caso:
URGENTE: Após dias foragido, acusado de atropelar e matar Juliana Chaar é preso no Acre
De acordo com Alcino, no sábado, as informações colhidas deram conta de que foi o próprio Diego que escondeu as armas que foram encontradas pelos agentes, assim que ele soube que a polícia estava a caminho. “A informação que tivemos é que ele, ao tomar conhecimento que o helicóptero e por terra as viaturas estavam progredindo, teria escondido as armas numa área de tijolo e ganhou a região da mata para não ser capturado. Ele ainda vai ser ouvido e ainda vamos saber exatamente como foi”, disse o delegado.

Fotos e vídeos: Davi Sahid/ac24horas
Assis do Santos comentou que, ao observar as condições em que o foragido se apresentou à guarnição do Gefron, fica evidente que ele recebeu apoio externo no tempo em que ficou escondido. “Havia apoio externo, ele está em perfeitas condições físicas e de saúde, então é fato que havia alguém dando suporte e apoio. Foi localizado na área rural do Bujari na comunidade do Antimary e lá estava até essa madrugada”, disse o coronel. “Que fique claro que apoio e auxílio a um foragido é um crime, quem esconde aquele que se furta à justiça e essas circunstâncias todas serão apuradas no seu devido momento”, completou o delegado.

Fotos e vídeos: Davi Sahid/ac24horas
Alcino Júnior também esclareceu que o veículo utilizado no atropelamento ainda não foi encontrado e sugeriu que a defesa entregue o carro, inclusive como prova de colaboração com a justiça. “Não sei se o advogado já está aqui ou se irá acompanhá-lo, para que o oriente neste sentido. Buscamos reconstruir os fatos e o que aconteceu, é lógico que dentro desta perspectiva a gente busca autoria e materialidade. Acredito que agora, se desse momento em diante a intenção é passar uma postura mais colaborativa, se eu fosse o advogado entregaria o veículo porque isso facilitaria a produção de prova que será usada pela própria defesa. Se houver um disparo de arma de fogo no veículo, isso é matéria de defesa para ele. Espero que haja uma colaboração nesse sentido porque a gente não localizou o veículo”, concluiu o advogado.
O ac24horas acompanhou o momento da chegada de Diego Passos na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na capital. Ele chegou escoltado por agentes do Gefron e da Polícia Civil, e foi conduzido ao interior da sede policial para ser ouvido.
Veja o vídeo: