A 8ª fase da Operação Mute, deflagrada simultaneamente em unidades prisionais de todo o país, chegou ao Acre na segunda-feira, 30, com ações de revista nas penitenciárias de Rio Branco e Sena Madureira. A operação, coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), tem como foco combater a atuação de organizações criminosas dentro do sistema prisional e reduzir a comunicação entre internos e o mundo exterior.
No estado, a operação foi executada pela Polícia Penal com apoio da Polícia Penal Federal, da Polícia Militar do Acre e de outras divisões especializadas como a Divisão Penitenciária de Operações Especiais (Dpoe), a Divisão de Operações com Cães (DOC) e a Divisão do Serviço de Operações e Escolta (Dsoe). Também participaram da ação alunos do Curso de Formação de Agente de Polícia Penal, que estão em fase de estágio.

Foto: Zayra Amorim/Iapen
Durante as revistas, foram apreendidos seis celulares, carregadores, chips, materiais perfurocortantes e cordas artesanais conhecidas como “teresas”, que costumam ser utilizadas em tentativas de fuga ou movimentação indevida dentro das unidades.
A Operação Mute ocorre em fases e tem como objetivo interromper as comunicações ilegais que, segundo a Senappen, estão diretamente relacionadas à prática de crimes violentos fora dos presídios. “Um aparelho desse que a gente tira da unidade prisional ajuda a combater e a evitar crimes coordenados de dentro do presídio para fora. Então é uma honra participarmos desse cronograma criado e direcionado pela Senappen, que vem avançando a cada ano”, afirmou o diretor operacional do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), Tiênio Costa.
Já o chefe da Dpoe, João Paulo Mendes, destacou que a operação busca desarticular a comunicação das facções. Ações semelhantes têm sido realizadas periodicamente nos estados desde a criação da Mute, como forma de tentar conter o avanço das organizações criminosas a partir das unidades prisionais.
Com informações da Agência de Notícias do Acre.