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Ataque hacker em intermediária do sistema PIX converteu R$ 541 milhões em criptos

Foto: Divulgação/Polícia Federal)

A Polícia Federal descobriu que os R$ 541 milhões desviados durante um ataque hacker ao sistema financeiro foram, em grande parte, convertidos em criptomoedas para dificultar o rastreamento dos valores. A investigação aponta que os responsáveis utilizaram técnicas avançadas de negociação de criptoativos para lavar o dinheiro. A informação foi divulgada pela CNN Brasil.


Dois suspeitos especializados em operações com criptomoedas foram presos nesta quarta-feira (16). Na residência deles, a PF apreendeu armas, equipamentos eletrônicos e a chave privada de uma carteira digital, o que possibilitou a recuperação de R$ 5,5 milhões em criptoativos. O valor foi imediatamente transferido para a custódia do Ministério Público de São Paulo.


A ofensiva faz parte da Operação Magna Fraus, deflagrada em conjunto pela PF e pelo MP-SP, para desarticular um esquema de fraudes que utilizava brechas no sistema que conecta instituições financeiras ao PIX. O grupo criminoso conseguiu desviar, em apenas três horas, mais de R$ 500 milhões de uma única instituição, no que autoridades classificam como o maior golpe digital já registrado no sistema financeiro nacional.


A investigação teve início após a prisão de um operador de TI da empresa C&M Software, no dia 4 de julho. Ele confessou ter vendido suas credenciais de acesso ao sistema por R$ 15 mil. A empresa atua como intermediária entre bancos e o Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI), tecnologia que permite liquidações em tempo real via PIX.


O ataque teria explorado falhas de segurança nessa conexão, permitindo que os criminosos realizassem transferências fraudulentas para contas sob seu controle.


Desde o início das investigações, as autoridades já bloquearam cerca de R$ 32 milhões em contas e outros ativos. A PF segue em busca de identificar os demais integrantes da organização, investigada por crimes como invasão de dispositivos informáticos, furto mediante fraude, lavagem de dinheiro e organização criminosa.


A operação

Durante as ações desta semana, foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e cinco de busca e apreensão em endereços nos estados de Goiás e Pará. Os nomes dos investigados não foram divulgados. Os valores recuperados serão transferidos para conta judicial vinculada à 1ª Vara Criminal Especializada em Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro de São Paulo.


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