Alto e Baixo Acre terão maior escassez de chuva entre julho e setembro

Com a chegada da estiagem e o aumento das temperaturas no Acre, o governo estadual intensificou as estratégias de monitoramento e prevenção para reduzir os impactos da seca e garantir a transparência das informações climáticas. Ações integradas entre secretarias e órgãos ambientais vêm contribuindo para o controle de queimadas e desmatamento, além da disponibilização diária de dados atualizados à população.


Cenário crítico: altas temperaturas e baixa umidade

O atual período seco no estado é marcado por temperaturas elevadas, baixa umidade relativa do ar e aumento da concentração de fumaça — fatores que representam risco à saúde, especialmente para crianças e idosos.


Segundo o Relatório Hidrometeorológico da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), a previsão para o próximo trimestre (julho a setembro) indica chuvas abaixo da média em grande parte do Acre, com destaque para as regionais do Alto e Baixo Acre, onde a escassez tende a ser mais severa.


A qualidade do ar tem sido monitorada em tempo real pela Sema, com registros preocupantes em alguns municípios. O Boletim do Tempo, publicado diariamente, traz dados sobre a previsão meteorológica, chuvas acumuladas, focos de calor, níveis dos rios e qualidade do ar — funcionando como ferramenta essencial de transparência e prevenção.


Para acessar o boletim e outros dados, basta visitar o site da Sema (https://sema.ac.gov.br), clicar na aba CIGMA e selecionar Sala de Situação e Monitoramento Ambiental – SISMA.


Redução de queimadas e alertas de desmatamento

Apesar das condições climáticas desfavoráveis, o Acre apresentou avanços no controle ambiental. Segundo a Agência de Notícias do Acre, os focos de queimadas caíram 47% no primeiro semestre de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024. “Esse resultado é fruto do esforço conjunto entre diferentes esferas de governo e da atuação integrada das instituições envolvidas. A transparência no uso dos dados do CIGMA tem sido essencial para alcançarmos esse avanço”, destacou a secretária adjunta da Sema, Renata Souza.


Os alertas de desmatamento também tiveram queda de 16%, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), refletindo o compromisso do Estado com a agenda ambiental. A fiscalização é realizada por órgãos como o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), o Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC), o Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA), a Defesa Civil e a própria Sema.



A Sala de Situação, mantida pelo governo do Acre, funciona com equipes técnicas de diversas secretarias, responsáveis por análises em tempo real dos dados meteorológicos e ambientais. O grupo orienta ações emergenciais e preventivas para todas as regiões do estado.


Ao longo de 2025, já foram realizadas três reuniões técnicas com prefeituras, Defesas Civis municipais, forças de segurança e representantes da sociedade civil, com o objetivo de alinhar estratégias para o período mais intenso da seca.


Apoio às comunidades indígenas

Paralelamente ao monitoramento ambiental, o governo também tem atuado no apoio direto às populações mais vulneráveis. A Secretaria de Povos Indígenas (Sepi) iniciou a distribuição de cestas básicas e kits de higiene a comunidades indígenas em regiões isoladas, minimizando os impactos sociais provocados pela estiagem.


A publicação regular do Boletim do Tempo e do Relatório Hidrometeorológico fortalece a vigilância climática e fornece subsídios importantes para a tomada de decisões por parte de gestores públicos e profissionais de saúde.


Com canais abertos e atualização diária das informações, o Acre reafirma seu compromisso com a saúde pública, a proteção ambiental e a transparência no enfrentamento dos desafios impostos pela seca.


 


Com informações da Agência de Notícias do Acre.


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