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72% acreditam que conflitos mundiais afetarão economia do Brasil, diz Ipsos-Ipec

Em meio à escalada da tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos, 72% dos brasileiros acreditam que os recentes conflitos entre países podem afetar profundamente a economia nacional.


O dado é da pesquisa Ipsos-Ipec divulgada nesta terça-feira (22), que aponta ampla percepção de risco diante da instabilidade geopolítica.


Além dos 72% que acreditam em grande impacto, outros 20% dizem que os conflitos podem afetar “um pouco” a economia brasileira. Apenas 4% descartam qualquer influência, e 4% não souberam ou não quiseram responder.


A preocupação também se estende ao posicionamento do Brasil no cenário internacional: 66% consideram que as disputas entre países afetam muito a relação brasileira com outras nações. Para 23%, o impacto seria moderado, enquanto 7% avaliam que não há impacto. Os indecisos somam 5%.


Imagem dos EUA se deteriora

A pesquisa também revela o desgaste da imagem internacional de diversos países envolvidos em conflitos. Os Estados Unidos, epicentro da atual crise tarifária com o Brasil, receberam avaliação negativa de 49% dos entrevistados (soma de “desfavorável” e “muito desfavorável”), contra 37% de respostas favoráveis. Outros 14% não opinaram.


O resultado revela um ambiente de crescente ceticismo em relação à política externa americana, especialmente no momento em que o presidente Donald Trump ameaça aplicar uma tarifa de 50% sobre as importações brasileiras — medida que vem sendo lida pelo governo brasileiro como retaliação política disfarçada de questão comercial.


Irã, Rússia e Ucrânia

Entre os países mais mal avaliados, Irã e Rússia lideram com 70% de opiniões desfavoráveis. Apenas 14% dos brasileiros têm visão positiva sobre o Irã; no caso da Rússia, 15% responderam de forma favorável. Já a Ucrânia, mesmo sob ataque russo desde 2022, tem 53% de avaliação negativa e 32% positiva.


Israel também aparece com alta rejeição: 52% de respostas desfavoráveis, contra 35% favoráveis. A Palestina é vista de forma negativa por 61% dos entrevistados, com 21% de avaliações positivas. Em ambos os casos, o saldo revela uma percepção crítica generalizada sobre os envolvidos no conflito do Oriente Médio.


O levantamento foi realizado entre os dias 3 e 8 de julho com 2 mil entrevistados em todas as regiões do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%.


 


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