Em um esforço conjunto que ultrapassa os limites da política institucional, a Prefeitura de Rio Branco e a Igreja Batista Moriá realizaram, nos dias 20 e 21 de junho, uma ação social de grande escala no bairro João Eduardo I. Com atendimentos de saúde, assistência social, exames médicos e distribuição de alimentos, a iniciativa alcançou dezenas de famílias em situação de vulnerabilidade e simbolizou o encontro entre a fé, a gestão pública e o cuidado humano.
Mesmo durante o ponto facultativo, as tendas foram montadas, os consultórios móveis instalados e os profissionais mobilizados para oferecer aquilo que muitas vezes falta nos territórios mais afastados dos grandes centros: presença.
O prefeito em exercício, Alysson Bestene, esteve no local e destacou o compromisso da gestão em manter a política pública próxima de quem mais precisa. “Esse é o jeito da gestão Tião Bocalom: fazer a diferença onde a população mora. Estamos aqui com serviços odontológicos, exames, atendimentos médicos e sociais, tudo integrado com a comunidade. Essa é uma gestão que cuida.”
A ação reuniu atendimentos de clínica geral, pediatria, nutricionista, exames como eletrocardiograma e espirometria, vacinas e orientações em saúde, além de cadastramento para o Bolsa Família, CadÚnico e orientação previdenciária.
O secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, destacou que essa é uma das diretrizes da sua pasta: levar saúde para além das unidades físicas. “Nosso objetivo é construir uma saúde pública próxima das pessoas. E para isso, parcerias como esta são fundamentais. A presença do poder público em territórios periféricos é uma missão que encaramos com seriedade.”
Do lado da comunidade religiosa, a Igreja Batista Moriá demonstrou a força do engajamento civil. O pastor Jobson Farias enfatizou que a igreja pode e deve ocupar esse papel de suporte comunitário, de forma apartidária, mas comprometida com a transformação social. “O papel da igreja é servir. Quando a gente se junta com o poder público, alcançamos quem realmente precisa, com dignidade. Estamos sendo igreja — e igreja é acolher.”
Entre os muitos atendidos, histórias como a de Eliane Matias ganharam destaque. Mãe de um bebê, ela aproveitou a oportunidade para um atendimento pediátrico que, de outro modo, seria difícil agendar. “Fui muito bem tratada. Todos foram muito simpáticos. Me senti acolhida”, afirmou.
Durante os dois dias, foram ofertados serviços de saúde, odontologia, orientação social e entrega de cestas básicas. Para muitos moradores, foi a primeira vez que tiveram acesso tão completo a políticas públicas em seu próprio bairro.
A ação no João Eduardo é mais do que um evento pontual. Ela representa uma política pública em movimento, uma gestão que compreende que cuidar é, acima de tudo, estar presente. Em um momento em que a escuta, a dignidade e o respeito se tornam tão urgentes, levar saúde e assistência diretamente às comunidades se revela uma das formas mais concretas de governar com humanidade.