Ruam Roger da Silva Barbosa, de 32 anos, e Diony Magalhães de Oliveira são os pintores que morreram na tarde desta quinta-feira (12) após inalarem vapores tóxicos e se afogarem dentro de um reservatório de água no Residencial Via Parque, no bairro Floresta Sul, em Rio Branco. Ambos eram funcionários da empresa terceirizada Pimentel Engenharia. Um terceiro trabalhador, José Coutinho, conseguiu escapar e pediu socorro a moradores do condomínio.
Segundo informações de testemunhas, Ruam e Diony realizavam a pintura interna do reservatório quando inalaram uma grande quantidade de vapores da tinta. A exposição excessiva provocou hipóxia — falta de oxigênio no cérebro — fazendo com que desmaiassem e caíssem na água. O reservatório tem aproximadamente 40 metros de altura e estava com cerca de um metro de água.
O Corpo de Bombeiros foi acionado e iniciou imediatamente os trabalhos de resgate. Após cerca de três horas de operação, o primeiro corpo foi retirado. A complexidade da estrutura exigiu o apoio do Pelotão Náutico do 2º Batalhão, especializado em ambientes confinados e submersos.
Agentes do Instituto Médico Legal (IML), peritos criminais e um médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) estiveram no local. Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML), onde passarão por exames cadavéricos.
Segundo a empresa responsável pelos serviços de manutenção, os trabalhadores estavam com Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). No entanto, durante o resgate, foi constatado que as vítimas não utilizavam máscaras no momento do acidente, o que levanta suspeitas sobre falhas no uso ou na fiscalização dos equipamentos de segurança.
O caso será investigado pela Polícia Civil, que irá apurar as circunstâncias do acidente, inclusive a eventual negligência no cumprimento das normas de segurança do trabalho.
