O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reagiu com dureza ao ataque iraniano que atingiu o hospital Soroka, na cidade de Beersheba, no sul de Israel, na madrugada desta quinta-feira (19). Em publicação na rede social X, o premiê prometeu uma resposta proporcional: “Cobraremos o preço total dos tiranos em Teerã”.
O ataque, parte de uma nova onda de mísseis balísticos lançados pelo Irã, causou danos significativos ao hospital, segundo autoridades locais. A unidade médica é o principal centro de atendimento da região do deserto de Negev. Imagens e vídeos mostram janelas destruídas, fumaça nos corredores e pacientes sendo evacuados.
A vice-ministra de Relações Exteriores de Israel, Sharren Haskel, também se manifestou, chamando o ataque de “deliberado” e “criminoso”. Ela negou que houvesse qualquer base militar próxima, como alegou a mídia iraniana, e disse que o hospital era o único alvo da ação. “O mundo deve se pronunciar”, declarou Haskel.
O presidente de Israel, Isaac Herzog, descreveu os alvos dos mísseis como civis indefesos, citando “um bebê em terapia intensiva, uma mãe ao lado do berço e um médico correndo entre os leitos”.
Segundo o serviço de emergência Magen David Adom, 65 pessoas ficaram feridas nos ataques iranianos, sendo ao menos três em estado grave. Entre os feridos estão idosos e mulheres que estavam a caminho de abrigos antibomba no momento das explosões.
O Irã afirmou que o alvo era uma instalação militar próxima ao hospital, e que a unidade de saúde foi apenas “exposta à onda de choque”. No entanto, Israel sustenta que não havia qualquer base no local, e acusa Teerã de atacar deliberadamente civis.
O episódio marca uma nova escalada no sétimo dia de conflito aberto entre os dois países. Israel já respondeu com novos ataques aéreos contra instalações militares e nucleares no território iraniano, incluindo alvos em Natanz e Arak.
