Israel acusa Irã de planejar assassinato de Netanyahu e Trump em sessão da ONU

Embaixador de Israel na ONU (Organização das Nações Unidas), Danny Danon - REUTERS/Brendan McDermid

O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, acusou nesta sexta-feira (20) o governo iraniano de planejar o assassinato do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A acusação foi feita durante reunião extraordinária do Conselho de Segurança, convocada a pedido do Irã para tratar da escalada do conflito no Oriente Médio.


“O senhor é um lobo fingindo ser diplomata. Seu governo tentou assassinar Netanyahu e Trump”, disse Danon, dirigindo-se diretamente ao representante iraniano Amir-Saeid Iravani, em discurso duro que expôs o nível de tensão diplomática entre os países.


Em sua fala, Iravani acusou Israel de cometer “crimes de guerra” contra civis iranianos e afirmou que Teerã toma medidas para evitar baixas entre a população, ao contrário do que classificou como estratégia israelense deliberada de atingir alvos civis.


O diplomata citou o ataque israelense à emissora estatal Irib, em 16 de junho, que teria matado duas mulheres grávidas e seus bebês ainda não nascidos. Em resposta, Danon mencionou o bombardeio iraniano ao Hospital Soroka, no sul de Israel, na madrugada de quinta-feira (19), que deixou 71 feridos. “Não pedimos desculpas por nos defendermos”, afirmou.


Israel diz que não vai parar ofensiva contra ameaça nuclear

Danon reiterou que Israel continuará os ataques até que a ameaça representada pelo programa nuclear iraniano seja eliminada. No início da ofensiva atual, Israel bombardeou instalações subterrâneas de enriquecimento de urânio, dando início à escalada mais recente entre os dois países.


“O Irã não quer diálogo. Quer dominação regional, destruição de Israel e dos Estados Unidos. Esta guerra é pela sobrevivência”, declarou o embaixador israelense.


Iravani, por sua vez, afirmou que o Irã apenas exerce seu “direito legítimo à autodefesa” e denunciou o silêncio da comunidade internacional diante do que chamou de agressões israelenses. Segundo ele, há indícios claros de envolvimento dos Estados Unidos no planejamento das ações de Tel Aviv.


“Se o Conselho de Segurança da ONU não agir, estará enviando ao mundo a mensagem de que o direito internacional se aplica de forma seletiva”, disse.


ONU alerta para risco de escalada fora de controle

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu contenção e diálogo imediato entre as partes. “É hora de dar uma chance à paz. Esta situação pode sair do controle rapidamente se não agirmos com união e rapidez”, declarou.


A subsecretária-geral da ONU para Assuntos Políticos, Rosemary DiCarlo, alertou que a escalada atual pode trazer “consequências enormes para a paz e a segurança regionais e globais”.


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