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Iniciativa privada detém quase 66% da capacidade de armazenagem de grãos no Acre

O Anuário Agrologístico 2025 divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revela, indiretamente, o ritmo que o produtor rural privado do Acre imprimiu no aumento da capacidade de armazenagem estática.


Nos últimos 18 anos, quando o Governo do Acre passou a investir sistematicamente na construção de silos, o produtor de porte médio do Acre entendeu que precisava construir a própria estrutura para armazenar o que plantava.


O Governo do Acre, percebendo o crescimento da área plantada, associado ao ganho de produtividade, entendeu que a pressão para armazenar os grãos viria. Construiu seis silos (Senador Guiomard, Plácido de Castro, Brasiléia, Capixaba, Transacreana, Acrelândia). Juntos, esses silos têm capacidade de armazenar 22,5 mil toneladas de grãos.


Gráfico mostra o crescimento da capacidade de armazenagem estática em propriedades do país nos últimos 15 anos

O Anuário Agrologístico 2025 da Conab informa que a capacidade de armazenagem estática total do Acre é de 90,34 mil toneladas. A diferença resulta em 67,84 mil toneladas. Ponderando que um ou outro armazém da Cageacre ainda possa ser usado, é possível estimar que o produtor rural privado, no Acre, construiu uma estrutura com capacidade de armazenar 60 mil toneladas em um universo de capacidade instalada de 90 mil toneladas. Resumindo: 60 em 90. Ou seja, dois terços em 18 anos.


“É um ritmo maravilhoso, em função de que cultivamos em torno de quarenta mil hectares de milho. Destes, nem tudo fica armazenado”, analisou o chefe da Divisão de Agricultura da Secretaria de Estado de Agricultura, Nilton César.


A fala de César remete ao fato de que parte da produção de milho acreana é usada nas cadeias produtivas da avicultura e da suinocultura. Outro detalhe: a soja acreana, que tanto impacto traz na balança comercial do Acre, praticamente, não pressiona a estrutura de armazenamento porque ela é comercializada com as empresas de Rondônia tão logo é colhida. Segue o roteiro: colheu, vendeu, transportou.


Cenário Brasil_ “Nos últimos 15 anos, a capacidade estática de armazenagem no Brasil tem apresentado crescimento contínuo. No entanto, esse avanço tem sido insuficiente diante do ritmo acelerado da expansão da produção agrícola nacional”, pontua o Anuário Agrologístico da Conab. “Em 2025 o país atingiu novos recordes de safra, impulsionado, especialmente, pelo aumento da produtividade e pela consolidação de novas fronteiras agrícolas, como as regiões do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e do SEALBA (Sergipe, Alagoas e Bahia)”.


Mudança de modais_ Outro dado que o anuário traz é quanto à utilização dos modais. De acordo com o estudo, 95% dos armazéns brasileiros utilizam o modal rodoviário como principal “meio para recepção e expedição de produtos”. Dialoga com a história do país. No entanto, há mudança no horizonte. “Entre os anos de 2017 e 2025, observou-se um crescimento significativo de 24% no número de armazéns com acesso hidroviário, indicando uma tendência de  diversificação dos modais logísticos e um movimento em direção a soluções mais eficientes e sustentáveis para o escoamento da produção”.


 


 


 


 


 


 


Fonte: ac24Agro


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