O empresário Alexandre Correa, 53, ex-marido da apresentadora Ana Hickmann, foi condenado a três anos de prisão nesta quinta-feira (12). A decisão, proferida pela 4ª Vara Criminal da Barra Funda, em São Paulo, se deu por Correa ter ofendido publicamente o apresentador e chef de cozinha Edu Guedes, 51, atual companheiro de Hickmann.
O processo corre sob segredo de Justiça. A condenação é resultado de uma das queixas-crime apresentadas por Edu Guedes contra Correa.
À CNN, Roberto Leonessa, advogado de Guedes, informou que a juíza entendeu que Alexandre Correa “extrapolou os limites da liberdade de expressão e de opinião, imputando a Eduardo Guedes a prática de atos criminosos, de forma genérica e sem se preocupar com a veracidade ou não das informações, mas com a nítida intenção de ofender a sua honra”.
Em nota, o advogado de Alexandre Correa, Bruno Ferullo, manifestou respeito à decisão, mas informou que ela não transitou em julgado e será alvo de recurso.
A defesa confia na reversão da condenação em instâncias superiores, alegando “ausência de dolo específico na conduta atribuída a Alexandre, bem como a existência de circunstâncias que descaracterizam o tipo penal imputado”. Ferullo reiterou o compromisso com “a verdade dos fatos e com o pleno exercício do direito de defesa”.
Processo por danos morais
No início do mês, Alexandre Correa foi condenado a pagar R$ 60 mil reais ao chef de cozinha Edu Guedes, em outro processo por danos morais após uma fala em entrevista.
O processo começou após uma fala em uma entrevista em janeiro deste ano, em que o ex-marido se chamou de “corno” por considerar que o relacionamento entre Hickmann e Guedes teria começado antes do divórcio.
“Eu sou corno. Bastava uma boa conversa, só chegar e falar ‘estou gostando de outro moço’. Não havia comunicação e há vários capítulos que eu vou juntando os fatos. De uma hora para outra ela queria um segundo celular, me colocou para fora do quarto, dispensava a segurança e queria andar sozinha”, ele disse na entrevista.
Em um vídeo enviado pelos advogados de Correa à CNN, ele comentou sobre o assunto e disse que recebeu “tudo com muita serenidade […] A parte contrária propôs uma condenação por danos materiais de R$ 500 mil, mas a Justiça analisou a alegação das partes e não deu à parte contrária a vitória, ficando apenas então uma condenação por danos morais”.
À CNN, o advogado de Edu Guedes, Roberto Leonessa, comentou que espera que os outros processos movidos contra Alexandre Correa envolvendo o casal de apresentadores resultem na condenação do empresário.
Relembre os processos envolvendo Ana Hickmann e Alexandre Correa
A apresentadora denunciou a agressão do ex-marido em novembro de 2023 após uma briga do casal na casa da família em Itu, interior de São Paulo. Bruno Ferullo, advogado de Correa, explicou na nota desta segunda-feira que nenhuma das acusações foi comprovada até o momento.
No começo desde ano, Ana Hickmann se pronunciou na internet dizendo que Alexandre estaria disseminando informações falsas e que a má administração das empresas do casal teria gerado uma dívida de quase R$ 70 milhões de reais para os dois.
Ainda, o acusou de ter abandonado o filho, Alezinho, de 10 anos, e contou que ele estava cobrando uma pensão dela que não foi aceita pelo juiz por ter praticado violência doméstica. Na época, os advogados de Alexandre não confirmaram a veracidade das acusações.
“Mas a verdade é que quem bate, esquece, ou se faz esquecido. E quem apanha, não deixa de pensar um dia sequer em tudo o que aconteceu”, ressaltou Ana Hickmann ao relembrar o episódio de violência que sofreu.
Em novembro de 2024, uma decisão cautelar da justiça proibiu a venda da mansão em que a agressão teria acontecido. O imóvel, localizado em um condomínio de luxo, está avaliado em R$ 40 milhões.
No fim de maio de 2025, a equipe de advogados de Ana Hickmann entrou com um pedido de prisão para Alexandre Correa por falta de pagamento de pensão alimentícia. Em nota enviada pelo defensor do empresário à CNN a justificativa para a dívida de R$ 75 mil reais é de que ele estaria passando por dificuldades financeiras por estar com o acesso às suas empresas bloqueado.