Escondido em bunker, líder supremo do Irã teme ser assassinado e já aponta sucessores

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, durante reunião com o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, em seu gabinete em Teerã, Irã 27/08/2024 Gabinete do Líder Supremo Iraniano/ WANA (West Asia News Agency)/Divulgação via REUTERS

Com medo de ser assassinado, o líder supremo do Irã agora se comunica principalmente com seus comandantes por meio de um assessor de confiança. O aiatolá Ali Khamenei suspendeu as comunicações eletrônicas para dificultar sua localização, afirmaram três autoridades iranianas familiarizadas com os planos de guerra emergenciais dele.


Resguardado em um bunker, o líder supremo escolheu uma série de substitutos em sua cadeia de comando militar, caso outros de seus tenentes sejam mortos.


Em um movimento notável, acrescentaram as autoridades, Khamenei chegou a nomear três clérigos seniores como candidatos à sua sucessão, caso ele também seja morto — talvez a ilustração mais reveladora do momento crítico que ele e seu governo de três décadas enfrentam.


Khamenei tomou uma série extraordinária de medidas para preservar a República Islâmica desde que Israel lançou uma série de ataques surpresa em 13 de junho.


Embora tenham ocorrido há apenas uma semana, os ataques israelenses são a maior ofensiva militar ao Irã desde a guerra com o Iraque na década de 1980, e o efeito sobre a capital do país, Teerã, tem sido particularmente violento. Em apenas alguns dias, os ataques israelenses foram mais intensos e causaram mais danos do que Saddam Hussein em toda a sua guerra de oito anos contra o país.


O Irã parecia ter superado o choque inicial, reorganizando-se o suficiente para lançar contra-ataques diários contra Israel, atingindo um hospital, a refinaria de petróleo de Haifa, edifícios religiosos e residências.


Mas então os Estados Unidos também entraram na guerra. O presidente americano, Donald Trump, anunciou no final do sábado que os militares americanos haviam bombardeado três instalações nucleares do Irã, incluindo a central subterrânea de enriquecimento de urânio em Fordow, ampliando significativamente o conflito.


— Nosso objetivo era destruir a capacidade de enriquecimento nuclear do Irã e pôr fim à ameaça nuclear representada pelo Estado número 1 do mundo em patrocínio do terrorismo — disse Trump em um discurso à nação na Casa Branca, na noite de sábado.


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