A derrubada no Congresso do decreto do governo Lula de elevação do IOF sobre uma série de operações cambiais abriu espaço para o recuo firme do dólar ante o real nesta quinta-feira, para abaixo dos R$5,50, com o movimento sendo favorecido ainda pelo exterior, onde a queda da moeda norte-americana era generalizada.
O ministro Fernando Haddad afirmou que o governo avalia três respostas à derrubada do aumento do IOF: acionar a Justiça, buscar nova fonte de receita ou fazer cortes no Orçamento. A decisão será do presidente Lula, mas Haddad indicou que o governo vê a medida do Congresso como inconstitucional, com base em pareceres da AGU e da PGFN.
Qual a cotação do dólar hoje?
O dólar à vista fechou em baixa de 1,06% ante o real, aos R$5,4984. No mês, a divisa acumula queda de 3,88% e, no ano, recuo de 11,01%.
Às 17h07, na B3, o dólar para julho — atualmente o mais líquido no Brasil — cedia 1,08%, aos R$5,5025.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,498
- Venda: R$ 5,498
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,547
- Venda: R$ 5,727
O que aconteceu com dólar hoje?
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, avançou 0,26% em junho, após alta de 0,36% em maio. Nos últimos 12 meses, IPCA-15 acumulou alta de 5,27%, abaixo dos 5,40% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. O número ficou um pouco abaixo do esperado. A expectativa do consenso Reuters era de alta mensal de 0,30% e avanço anual de 5,31%.
Os dados de arrecadação em maio serão informados pela Receita Federal às 10h30. Pela tarde, o Tesouro Nacional divulga às 14h30 o resultado do governo central de maio.
No cenário externo, os mercados continuam atentos à sustentação de um cessar-fogo no conflito entre Israel e Irã, um dia depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicar que a guerra poderia começar novamente, mas que os dois países estão cansados.
O PIB dos EUA caiu 0,5% em termos anualizados no primeiro trimestre de 2025 – pior que a queda de 0,2% apontada na segunda leitura e acima da previsão dos analistas da FactSet, que esperavam o mesmo recuo. No trimestre anterior, o PIB havia crescido 2,4%. Já os pedidos de auxílio-desemprego caíram 10 mil na semana, a 236 mil, abaixo da previsão de 245 mil solicitações.
O índice de atividade nacional do Fed de Chicago recuou para -0 28 em maio, após -0,36 em abril (revisado de -0,25). Valores abaixo de zero indicam que a economia dos EUA segue crescendo abaixo da média histórica. Por outro lado, as encomendas de bens duráveis nos EUA subiram 16,4% em maio, totalizando US$ 343,6 bilhões – superando a expectativa dos analistas, de +9,4%.