Dólar hoje recua após novas ameaças tarifárias de Donald Trump sobre aço e alumínio

O dólar à vista recuava ante o real nesta segunda-feira, devolvendo ganhos recentes, com os investidores reagindo às novas ameaças tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enquanto aguardam comentários do chair do Federal Reserve e do presidente do Banco Central.


Os investidores pareciam estar novamente fugindo de ativos dos EUA, uma vez que o anúncio de Trump na sexta-feira de que pode dobrar as tarifas sobre aço e alumínio de 25% para 50% reacendiam os temores de que sua política tarifária pode levar a maior economia do mundo a uma recessão e acelerar a inflação.


Qual a cotação do dólar hoje?

Às 10h36, o dólar à vista operava em baixa de 0,68%, aos R$ 5,680 na venda. Na B3, o dólar para julho — que passou a ser o mais líquido — recuava 0,94%, aos 5.714 pontos.


Na sexta-feira, o dólar à vista fechou em alta de 0,96%, a R$5,7205. Na semana, a divisa acumulou elevação de 1,30% e, no mês, avanço de 0,78%.


O Banco Central fará nesta sessão um leilão de até 35.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de julho de 2025.


Dólar comercial

  • Compra: R$ 5,679
  • Venda: R$ 5,680

Dólar turismo

  • Venda: R$ 5,723
  • Compra: R$ 5,903

O que aconteceu com dólar hoje?

A divisa americana iniciou a semana em queda frente a outras moedas principais, devolvendo parte dos ganhos da semana anterior, à medida que os mercados digerem os impactos das novas medidas tarifárias anunciadas por Donald Trump.


Na sexta-feira, o ex-presidente afirmou que pretende dobrar as tarifas sobre as importações de aço e alumínio para 50% a partir de quarta-feira, o que reacendeu temores sobre inflação e desaceleração econômica. A reação da China, que negou ter violado acordos comerciais e criticou as acusações dos EUA, elevou ainda mais a tensão entre as duas maiores economias do mundo.


Nesta segunda-feira, o Ministério do Comércio da China disse que as acusações de Trump de que Pequim violou o consenso acordado nas negociações de Genebra são “infundadas” e prometeu tomar medidas enérgicas para proteger seus interesses.


Moedas emergentes no geral também eram favorecidas pela alta de mais de 4% nos preços do petróleo.


O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,57%, a 98,792.


Os agentes estarão atentos mais tarde a um discurso do chair do Fed, Jerome Powell, em uma conferência, às 14h (horário de Brasília).


Na cena doméstica, o mercado nacional segue de olho em novas notícias sobre o impasse dos aumentos nas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), enquanto governo e Congresso buscam uma solução conjunta para a questão.


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse mais cedo que espera solucionar nesta semana as mudanças no IOF combinadas com medidas estruturais que busquem equacionar a questão fiscal do país.


Após o fechamento dos mercados, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, participará de debate sobre “Conjuntura Econômica Brasileira”, promovido pelo Centro de Debate de Políticas Públicas (CDPP), às 18h30.


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