Dólar hoje cai após dados de inflação nos EUA e à espera de falas de Haddad e Guillen

Um trabalhador conta notas de dólar americano em uma casa de câmbio em Jacarta, Indonésia, na quarta-feira, 2 de março de 2022. (Foto: Dimas Ardian/Bloomberg)

O dólar à vista operava em baixa ante o real nesta sexta-feira, conforme os investidores digeriam dados de inflação nos Estados Unidos em busca de sinais sobre a trajetória da taxa de juros, enquanto aguardamcomentários do ministro da Fazenda e de diretor do Banco Central.


O núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos subiu 0,2% em maio na base de comparação mensal. Na base de comparação anual, o avanço foi de 2,7%. O resultado ficou levemente acima do projetado por analistas ouvidos pela Reuters, que aguardavam um avanço mensal de 0,1% e anual de 2,6% no núcleo do PCE, que exclui preços de alimentos e energia, que são mais voláteis.


Qual a cotação do dólar hoje?

Às 11h02, o dólar à vista caía 0,09%, aos R$ 5,493 na venda. Na B3, o dólar para julho — atualmente o mais líquido no Brasil — cedia 0,23%, aos 5.470 pontos.


Na quinta-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 1,06% ante o real, a R$5,4984.


Dólar comercial

  • Compra: R$ 5,493
  • Venda: R$ 5,494

Dólar turismo

  • Compra: R$ 5,516
  • Venda: R$ 5,696

O que aconteceu com dólar hoje?

Os movimentos do real nesta sessão tiveram como pano de fundo a fraqueza da divisa norte-americana no exterior, com os mercados reagindo positivamente aos dados do índice PCE — o indicador preferido de inflação do Fed — divulgados nesta sexta.


Os resultados vieram na esteira de uma série de fatores que vinham aumentando na última semana como apostas de operações em cortes de juros pelo banco central dos EUA neste ano.


Entre eles, estão comentários de pelo menos dois membros do Fed de que estariam abertos a uma redução de juros já na próxima reunião, em julho, e relatos de que o presidente Donald Trump pode nomear um sucessor para o presidente Jerome Powell já em setembro ou outubro.


Uma vez que Trump tem criticado repetidamente as decisões recentes do Fed em manter os juros inalterados, a expectativa é que ele indique um nome mais “dovish” (favorável a juros baixos) para comandar o banco central.


Na quinta-feira, dados que demonstraram que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA contraiu 0,5% a uma taxa anualizada no primeiro trimestre também fomentaram as expectativas por cortes de juros.


Operadores que antes dos dados precisaram 63 pontos-base de afrouxamento neste ano, passaram a ver 65 pontos de cortes, com a expectativa de que a inflação moderada possa abrir espaço para o Fed cortar os juros em setembro, com outra redução totalmente precificada até o fim do ano.


Juros mais baixos nos EUA favorecem pares do dólar, como o real, uma vez que torna o diferencial de juros entre os EUA e outros países desfavorável para o lado norte-americano.


Notícias sobre as disputas comerciais recentes também podem afetar as negociações, à medida que se aproxima o prazo no início de julho para o fim da pausa de 90 dias nas tarifas abrangentes de Trump, com uma série de acordos comerciais entre Washington e parceiros ainda pendentes.


Na cena doméstica, o ministro Fernando Haddad realizará uma palestra na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), às 11h, e depois dará entrevista ao vivo à GloboNews, às 14h30.


Já o diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, participará do Barclays Day in Brazil, organizado pelo Banco Barclays, em São Paulo, às 11h10.


Na frente dos dados, o IBGE relatou que a taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,2% nos três meses até maio, ante 6,6% nos três meses até abril, recuando mais do que o esperado na pesquisa da Reuters, que projetava uma taxa de 6,4%.


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