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Dólar hoje cai a R$ 5,50 com decisões de BCs e tensões no Oriente Médio em foco

© REUTERS/Rick Wilking/Proibida reprodução

O dólar à vista tinha leve baixa ante o real nas primeiras negociações desta segunda-feira, conforme os investidores se posicionavam antes das decisões de uma série de bancos centrais ao longo da semana, enquanto o foco permanecia em torno do aumento das tensões geopolíticas no Oriente Médio.


Qual a cotação do dólar hoje?

Às 11h57, o dólar à vista caía 0,68%, a R$ 5,505 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,53%, a R$ 5,539.


Na sexta-feira, o dólar à vista fechou o dia praticamente estável, em leve baixa de 0,04%, a R$5,5413.


O Banco Central fará nesta sessão um leilão de até 35.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de julho de 2025.


Dólar comercial

Dólar turismo

O que aconteceu com dólar hoje?

Os movimentos do real nesta sessão tinham como pano de fundo a fraqueza da moeda norte-americana no exterior, com o dólar devolvendo ganhos obtidos na semana anterior na esteira da escalada do conflito entre Israel e Irã.


Em momentos de tensões geopolíticas, o dólar em geral é visto como um ativo seguro e tende a ser favorecido pelo sentimento de aversão ao risco que domina os mercados. Esse cenário foi observado na sexta, quando a moeda dos Estados Unidos avançou sobre seus pares.


Neste pregão, no entanto, o dólar não conseguia sustentar seus ganhos, já que os investidores seguem demonstrando uma certa aversão a ativos dos EUA em meio às incertezas provocadas pela política comercial errática do presidente Donald Trump, que gera preocupações de desaceleração econômica global.


Os mercados estão ansiosos com a aproximação do prazo que Trump estabeleceu para fechar acordos comerciais, que se dá em três semanas, com os EUA distantes de entendimentos com seus principais parceiros, como Japão e União Europeia.


O receio pelo retorno das taxas punitivas no próximo mês ofuscava momentaneamente os temores gerados pela guerra no Oriente Médio.


“As tensões geopolíticas têm proporcionado pouco impulso ao dólar até o momento, refletindo a persistente desconfiança dos mercados em seu status de porto-seguro”, disse Eduardo Moutinho, analista de mercados do Ebury Bank. “Os investidores estão relutantes em desfazer suas posições vendidas em dólar.”


O índice do dólar =USD — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,29%, a 97,991.


Os agentes financeiros também estão se posicionando para uma série de decisões de política monetária nesta semana, incluindo do Federal Reserve e do Banco Central do Brasil.


A autoridade monetária norte-americana divulgará sua decisão na quarta, com ampla expectativa de que mantenha a taxa de juros inalterada mais uma vez, enquanto avalia os impactos econômicos das políticas do governo Trump.


Já o BC brasileiro entrará no encontro desta semana com suas opções em aberto, com as apostas de investidores divididas entre a manutenção dos juros em 14,75% ano — com 68% de chance — e uma alta de 0,25 ponto percentual — com 32% — para o anúncio de quarta-feira, segundo dados da LSEG.


“Não há consenso se o Copom manterá a Selic ou se vai promover um último ajuste. A inflação continua pressionada, e a incerteza fiscal voltou ao centro do debate”, afirmou Diego Costa, head de câmbio para o Norte e Nordeste da B&T XP, em nota.


Na frente de dados, a economia no Brasil iniciou o segundo trimestre com crescimento acima do esperado em abril, de acordo com dados do BC. O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), teve expansão de 0,2% em abril, ante projeção de ganho de 0,1%.


 


 


 


 


 


 


 


(Com Reuters)


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