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Desaprovação a Lula chega a 57% e atinge novo pico, mostra pesquisa Quaest

(Joédson Alves/Agência Brasil)

A desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu 57% em junho, o maior índice desde o início do atual mandato, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (4). A taxa representa uma oscilação negativa em relação a março, quando estava em 56%, e reforça a tendência de queda na popularidade do governo, que já dura cinco rodadas consecutivas desde julho de 2024.


A aprovação, por outro lado, caiu de 41% para 40%. A deterioração da imagem atinge com mais força a população com renda de até dois salários mínimos, tradicionalmente mais alinhada ao PT, onde a aprovação caiu de 52% para 50% e a desaprovação subiu de 45% para 49%.


Confira os percentuais:


(Fonte: Pesquisa Genial/Quaest)

O impacto do escândalo envolvendo fraudes no INSS foi um dos fatores citados como agravantes. De acordo com o levantamento, 82% dos entrevistados tomaram conhecimento do caso, e 31% apontaram diretamente o governo Lula como principal responsável pelas irregularidades, superando menções ao próprio INSS (14%).


Veja as respostas sobre quem é o culpado pelo escândalo do INSS:


A desaprovação também aumentou entre moradores do Sudeste (de 60% para 64%), do Norte e Centro-Oeste (de 52% para 55%), e entre os católicos — grupo no qual, pela primeira vez, a maioria (53%) reprova a gestão.


Para 44% dos brasileiros, o governo atual é “pior” que o de Jair Bolsonaro (PL), enquanto 40% o consideram “melhor” e 13% veem os dois como “iguais”. Quando comparado às gestões anteriores de Lula, 56% avaliam que o desempenho atual é inferior.


A percepção de que o presidente não está cumprindo suas promessas também cresceu: 70% dizem que Lula não tem entregue o que prometeu em campanha, e 45% avaliam que o governo está “pior do que esperavam”. A avaliação geral é negativa para 43% dos entrevistados, regular para 28%, e positiva para 26%.


(Fonte: Pesquisa Genial/Quaest)

Apesar do cenário adverso, houve melhora na percepção sobre a economia. Caiu de 56% para 48% a parcela que acredita que a situação econômica piorou. A preocupação com preços de alimentos, combustíveis e contas básicas também recuou, embora ainda atinja a maioria.


A pesquisa, encomendada pela Genial Investimentos, ouviu 2.004 pessoas entre 29 de maio e 1º de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais. Um novo levantamento sobre intenções de voto para 2026 será divulgado nesta quinta-feira (5).


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