Bolsonaro diz que Senado bolsonarista em 2026 poderá mandar mais que o presidente

(Flicker Oficial - Palácio do Planalto/Alan Santos/PR)

Durante evento do PL Mulher realizado nesta sexta-feira (6), em Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que, caso seu grupo político conquiste a maioria das cadeiras no Senado nas eleições de 2026, seus aliados terão mais poder do que o próprio presidente da República.


“Nós decidimos quem vai ser indicado ao Supremo. As agências só terão pessoas qualificadas. Ouso dizer: mandaremos mais que o próprio Presidente da República. Deus tem me mostrado caminhos para mudarmos o destino do Brasil”, declarou Bolsonaro a uma plateia majoritariamente feminina.


Apesar de estar inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-presidente continua a se posicionar como líder da oposição e principal articulador da direita para o pleito de 2026. Ele pretende influenciar diretamente na formação de bancadas e promete lançar candidatos ao Senado com alinhamento ideológico e fidelidade pessoal.


A estratégia pretende ampliar a presença do bolsonarismo na Câmara Alta, onde estão em jogo 54 cadeiras, um terço do total. Bolsonaro considera esse movimento fundamental para o avanço de pautas consideradas prioritárias para sua base, como o controle sobre nomeações para o Supremo Tribunal Federal e a possibilidade de apresentar pedidos de impeachment contra ministros da Corte.


A fala ocorre em um momento de intensificação da disputa institucional entre Congresso e Judiciário, e sinaliza uma ofensiva política que mira diretamente o STF. Bolsonaro também mencionou que, caso ele não possa concorrer, está disposto a apoiar pessoalmente candidatos do seu núcleo familiar ou aliados diretos.


O discurso reforça a estratégia do ex-presidente de manter sua influência política ativa, mesmo fora do poder, e de usar o Senado como instrumento para travar agendas do Executivo e contrabalançar decisões do Judiciário. A ofensiva também busca consolidar a narrativa de que o Senado deve funcionar como barreira às “interferências” do STF.


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