Um gari ficou ferido durante a coleta de lixo na cidade de Rio Branco (AC) após se cortar com um objeto perfurante descartado de forma inadequada. O caso ganhou repercussão nas redes sociais após o motorista Betto Souza publicar um vídeo mostrando o dedo do trabalhador sangrando, supostamente cortado por cacos de vidro jogados no lixo comum.
No vídeo, Souza faz um apelo emocionado à população e ao poder público para que se intensifique a conscientização sobre o descarte correto de resíduos perigosos, como vidros quebrados, agulhas e outros materiais cortantes.
“Morador coloca caco de vidro, agulha, prato quebrado, espelho… olha aí a situação do dedo do gari. Arrancou a cabeça do dedo dele. E quando o gari deixa a sacola do morador, ele liga reclamando que não levaram o lixo. Mas olha o risco que eles correm”, desabafa o motorista.
O episódio acende um alerta sobre a falta de cuidado no manuseio de resíduos domésticos e os riscos enfrentados diariamente por garis e outros trabalhadores da limpeza urbana. Especialistas lembram que objetos como lâminas, pregos, cacos de vidro e seringas não devem ser descartados de forma solta em sacos de lixo comuns.
A orientação é que materiais perfurantes sejam acondicionados em recipientes resistentes à perfuração, como garrafas PET, caixas de leite, latas ou embalagens rígidas, devidamente lacradas. Já os cacos de vidro devem ser embrulhados em papel grosso ou jornal e, se possível, identificados com a inscrição “material perfurante” para alertar os coletores.
Trabalho invisível e perigoso
Casos como esse expõem a realidade de muitos profissionais da limpeza pública, que lidam diariamente com resíduos domésticos muitas vezes descartados sem qualquer cuidado. Além de ferimentos, materiais contaminados — como agulhas — representam risco de infecção por doenças graves.
Enquanto isso, trabalhadores como o gari ferido seguem enfrentando o desafio diário de manter a cidade limpa, muitas vezes à custa da própria saúde.