O Tribunal da Justiça de Pernambuco (TJPE) concedeu liberdade provisória para João Victor Soares da Silva, torcedor que foi estuprado em uma briga entre torcidas organizadas no dia 1° de fevereiro de 2025. Entretanto, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) determinou uma série de medidas cautelares para o jovem.
A princípio, ele deve seguir oito medidas para garantir sua liberdade. João Victor será monitorado por tornozeleira eletrônica e está confinado ao recolhimento domiciliar noturno, não podendo sair de casa entre as 20h e 6h da manhã. Além disso, o torcedor não pode mudar de endereço sem avisar a Justiça previamente e nem se ausentar da Comarca.
Se tratando do futebol, o torcedor que foi estuprado não pode mais frequentar estádios, independente de dia ou horário. Ele também não pode se reunir, mesmo que remotamente, com torcidas organizadas. Por fim, João Victor também não pode frequentar bares ou restaurantes em dias de jogo, devendo ficar detido em sua casa.
Torcedor estuprado era réu pela briga
No dia 27 de fevereiro, João Victor se tornou réu pelo conflito. decisão foi tomada pelo juiz Paulo Victor Vasconcelos de Almeida, da 11ª Vara Criminal da Capital, do Tribunal de Justiça de Pernambuco.
A princípio, João Victor, conhecido como “Playboy” ou “Cash”, é presidente da Torcida Jovem do Leão. Além dele, Thyago Mendes Barbosa, conhecido como “TH”, e João Victor Antônio da Silva, o “Vida”, também foram acusados.
Após a briga de torcidas que aconteceu no início de fevereiro, os três réus foram internados e levados ao Hospital da Restauração (HR). Lá, eles foram presos em flagrante.
De acordo com o juiz, o fato de o torcedor ter sido estuprado não o impede de se tornar réu no caso.
“O fato de os acusados sofrerem agressões físicas durante o confronto não os isenta da responsabilidade penal pelos atos supostamente por eles praticados”, afirmou.
Conforme a denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), os três teriam planejado e provocado o conflito entre torcidas.
“Os atos configuram a prática de terrorismo, haja vista que os atos de violência cometidos por esses grupos não são o objetivo principal, mas apenas o meio que eles utilizam para disseminar o pânico, o medo, e o terror”, relatou.
Fonte: RIC.COM.BR