Policiais civis, militares, penais e bombeiros militares realizam nesta terça-feira (13) uma manifestação em frente à Casa Civil, no centro de Rio Branco. O ato reúne representantes das quatro forças da segurança pública estadual, que cobram do governo a recomposição geral anual (RGA) dos salários e a desoneração do banco de horas.
Segundo Rafael Dinis, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Acre, essa é a primeira vez que todas as categorias estão unidas em um único movimento, com dois objetivos principais: a correção salarial pela inflação e a valorização do banco de horas.
“Estamos com dois objetivos em comum. Primeiro, a RGA, que é a recomposição geral anual, porque a inflação vem corroendo os nossos salários. A última negociação com o governo de todas essas forças aqui reunidas foi há 10 anos. O nosso poder de compra diminuiu. O governo nos deve mais de 20% de recomposição salarial. Não é aumento de salário, é recomposição”, explicou Rafael.
O dirigente sindical também mencionou a luta pela desoneração do banco de horas e a melhoria do valor da hora extra trabalhada para todas as categorias. “É uma luta justa. Encontramos aqui um fato histórico, todos os operadores de segurança reunidos em prol do mesmo objetivo. E com certeza isso vai beneficiar também a população do nosso estado”, completou.

Foto: Sérgio Vale
Questionado sobre o andamento das propostas relacionadas ao banco de horas, Rafael afirmou que o tema já foi tratado como projeto de lei na Assembleia Legislativa, mas ainda não houve avanço por parte do governo. “O governador Gladson Cameli e sua equipe desrespeitam não somente nós, operadores de segurança, mas a casa do povo. Tem várias propostas da segurança pública na mesa do governador. Até agora, não houve nenhuma definição”, criticou.
Leandro Rocha, representante do Sindicato dos Policiais Penais, reforçou que a recomposição salarial é um direito constitucional e defendeu a união das categorias como estratégia de reivindicação. “Já estamos há um bom tempo negociando com o governo, praticamente sete anos em diálogo. A recomposição salarial não incide na Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse. “Também pedimos a desoneração tributária do banco de horas e o aumento da hora trabalhada do policial.”

Foto: Sérgio Vale
Segundo os organizadores, a manifestação deve continuar durante a manhã desta terça, com uma caminhada até o Palácio do Governo e a Assembleia Legislativa. Os sindicatos já anunciaram um novo ato para a próxima semana, caso o governo não abra diálogo.
“Aqui estão também os nossos aposentados, porque a recomposição salarial também os afeta. É um pedido justo. Não estamos pedindo nada além do que é nosso direito”, concluiu Rafael Dinis.