Durante a operação da Polícia Civil em que o cantor Marlon Brandon Coelho Couto Silva, o MC Poze do Rodo, foi preso, um dos carros de luxo do funkeiro foi levado para a Cidade da Polícia, no Jacarezinho, na Zona Norte do Rio.
O veículo apresenta uma cor diferente da que consta no documento. Apesar do registro como preta, ele está vermelho. O carro de luxo, uma BMW X6, é avaliado em cerca de R$ 1 milhão.
Agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) estiveram na casa do MC, num condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio, no início da manhã desta quinta-feira. Ele é investigado por apologia ao crime e por envolvimento com o tráfico de drogas.
No local, as equipes também cumpriram mandados de busca e apreensão. Foram levados para a Cidade da Polícia telefones celulares, eletrônicos, documentos e joias. Poze foi levado de casa algemado, sem blusa e descalço.
Essa BMW foi um dos carros apreendidos em novembro do ano passado, num inquérito da polícia que apura fraudes em rifas online através de influenciadores. À época, a esposa de Poze, Vivi Noronha, foi alvo da operação. Também foram levados veículos das marcas Land Rover e Honda. A guarda dos três carros foi recuperada em abril deste ano.
Em 2023, o MC viralizou nas redes sociais ao ir numa concessionária de automóveis no Rio de Janeiro, vestindo apenas um short de tactel, sem camisa e descalço, com uma pesada corrente de ouro pendurada no pescoço. Ele comprou o veículo de luxo.
Alvo de operação
O advogado de MC Poze do Rodo, Fernando Henrique Cardoso, informou que a prisão do cantor é temporária e que ele deve ser transferido ainda nesta quinta-feira para o presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio.
De acordo com as investigações, o MC realiza shows exclusivamente em áreas dominadas pelo Comando Vermelho (CV). Nessas apresentações, cita a polícia, há a presença ostensiva de traficantes armados com armas de grosso calibre, como fuzis, garantindo a “segurança” do artista e do evento.
Segundo a polícia, esses eventos são “estrategicamente utilizados pela facção para aumentar seus lucros com a venda de entorpecentes”. Com esses recursos, o grupo criminoso poderia adquirir, entre outros, armas de fogo e equipamentos. As investigações continuam para identificar outros envolvidos.
O repertório das músicas apresentadas por MC Poze também foi analisado, o qual a polícia diz fazer “clara apologia ao tráfico de drogas, ao uso ilegal de armas de fogo e incita confrontos armados entre facções rivais, o que frequentemente resulta em vítimas inocentes”.